Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

afonsonunes

afonsonunes

28 Nov, 2009

PS 41 - PSD 25

 

Sinceramente nem sei que dizer a isto, porque nem me parece um resultado de basquete nem de andebol, para não dizer que seria uma enormidade se fosse um resultado de futebol.
Para ser resultado de basquete é demasiado curto, a menos que ambos fossem uma nulidade no lançamento ao cesto. É claro que sempre há uma diferença entre nulidades, pois enquanto um, teria apenas vinte e poucos por cento de eficácia em jogos normais da modalidade, o outro andaria pelos cinquenta por cento.
Uns nabos, diria a minha prima, que até acha preferível ter a boa performance dos seis, dos oito ou dos doze que, somados, sempre dão vinte e seis e, muito melhor ainda, somados aos vinte e cinco, dão para aí uma remessa deles por cento. Confortável, muito confortável, diria ela orgulhosa das suas preferências.
Mas, para aquele título ser um resultado de andebol, então estaríamos perante uma abada dos diabos, coisa inadmissível para o meu primo, marido da minha prima que, além de só gostar do Benfica, não acredita que o PS e o PSD tenham equipas seja lá do que for. Diz ele que, para baboseiras, já bastam as que vêem lá de cima.
Sim, porque ele vive lá em baixo, onde as coisas são muito mais terra a terra, com empates frequentes, aliás, onde quase tudo acaba empatado, devido ao barulho ensurdecedor das bancadas, que até na marcação dos fatídicos pontapés da marca de grande pateada, se chega a temer pela segurança do piso inferior.
Parece que alguém já se deu conta destas anormalidades e vai daí, logo se tomaram medidas para desempatar, quando não há resultado favorável a uma, ou às quatro partes das bancadas. Então, os quatro berros mais fortes produzidos durante a discussão do jogo, contam a dobrar, à semelhança dos golos marcados fora, no estádio.   
Esta decisão foi muito oportuna, porque todos os problemas do país encaixam perfeitamente no que se passa na bola, principalmente no futebol, onde os bons exemplos nem sempre são aproveitados, por exemplo, na política. Todos sabemos que ninguém liga nenhuma aos quarenta e um a vinte e cinco, quer se considere um resultado feito pelo árbitro, quer se diga que quem manda são ao que estão nas bancadas.
Ora o meu primo, de vez em quando, pega-se com a minha prima por causa das pessoas que ambos conhecem e daquilo que ambos julgam que elas deviam fazer. Por exemplo, os presidentes. Pergunta ele, para que raio há-de haver presidentes, se eles só servem para assobiar do camarote de honra para dentro do campo?
Logo a minha prima, que não é de meter os dedos na boca, pergunta se ele está a falar do presidente do clube ou de quê? Na verdade, até eu, que não tenho nada a ver com as conversas tontas deles, fico na dúvida. E ainda por cima, com as desavenças deles ao rubro, nem sequer lhes posso pedir uma explicação esclarecedora.
Sinceramente, quarenta e um a vinte e cinco, seja lá qual for a modalidade ou a competição em que se verificou tal resultado, tem de ser imediatamente anulado por um ruído ímpar das bancadas, para que nunca mais uma bola redonda se sobreponha à vontade de uma bancada oval.
Não sei onde é que eu vi este resultado, mas foi hoje mesmo. Estou um poço de confusões, porque os partidos, penso eu, não gostam de perder nem a feijões. E, realmente, nunca perdem. Tenho dito.