Uma espécie de trafulhice
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Tenho ouvido muitas vezes esta frase ao longo dos tempos, e ainda não consegui perceber o que era que faltava, realmente, a quem pergunta, para perguntar só aquilo que realmente ainda não sabe. Mas também a quem deve responder, o que era que faltava, para dizer que tem mais que fazer, que estar a brincar às perguntas e respostas.
Não vou nem podia ir a congresso nenhum, porque a bodas e baptizados só vão os convidados, além dos que pertencem à família que vai congregar-se. Parece que nestas ocasiões, os congressistas aproveitam para tirar umas coisas a limpo, assim uma espécie de reunir os rascunhos que andaram a escrever durante o ano e toca de os ler ali, perante os familiares mais próximos, que aplaudem, e os mais afastados, que fazem orelhas moucas.
Hoje é dia de enterro, segundo a tradição carnavalesca, uma vez que se enterrou o Entrudo, essa figura que nos lembra os velhos tempos em que, vivendo mal ou pessimamente, as pessoas sentiam-se muito mais felizes que hoje, em que até as que podem viver bem, se sentem muito mal.
Há mulheres que nunca foram bonitas, mas isso não quer dizer que sejam más pessoas e que não tenham outros bons atributos que fariam bastante falta, a tantas estrelas do firmamento da beleza. Estou a lembrar-me da decência mental, por exemplo, para não falar no ódio que pode constituir o único brilho de olhos ‘espintalgados’ e encovados.
É frequente ouvir dizer que o presidente dos states é o homem mais poderoso do mundo, talvez porque tem um avião que pode mantê-lo no ar, em caso de perigo, ou pode mandar tanques para qualquer parte do mundo, para mostrar que é ele que manda.
Nem se podia dizer outra coisa nos dias que decorrem nesta quadra carnavalesca que, ao que parece, levanta bastante o moral das tropas deste exército lusitano, permanentemente em guerras de contradições. Ora se lamenta até ao desespero, para logo a seguir se entregar à loucura do forrobodó. Ora não tem dinheiro para nada, mas ele aparece de imediato quando toca à satisfação de uns bons bocadinhos.
Só conheço uma pessoa que não está a ser pressionada neste país que vive à pressão. Essa pessoa sou eu. É certo que ninguém está interessado em gastar o seu latim a pressionar-me, porque não sou eu que mando chover, nem sou eu que descubro seja lá o que for, de qualquer dos casos mediáticos que outros já pré-descobriram.