Socorro! Ajuda!
Apeteceu-me gritar assim, ao ouvir um empresário português que tudo tem feito para ajudar o país a sair desta, ou a entrar noutra ainda pior. Diz ele, não é a cantar ‘Grândolas Vilas Morenas’ que se resolvem os problemas do país.
Rendo-me às evidências que esse empresário tem revelado. Ajuda-se o país fazendo propostas, como as que ele tem feito. E ainda a desviar interesses que tinha no país, para o estrangeiro, aliviando o fisco nacional da sua presença.
Mas, a maior ajuda que ele dá ao país, são os conselhos aos partidos e sociedade em geral para que ajudem o governo, unindo-se a ele, apresentando propostas, em lugar de fazer manifestações. Estou de acordo com a união.
Como alternativa, talvez fosse mais fácil o governo unir-se aos manifestantes e aceitar as propostas deles. Sempre se ouviu dizer que, se não podes vencê-los, junta-te a eles. De qualquer forma, seria uma maneira de conseguir uma união.
Sabemos como hoje é difícil saber governar e fácil não saber governar. Justifica-se pois, que sejam os partidos da oposição a tomar decisões, ajudados pela sociedade civil, através dos sindicatos e associações que contestam o governo.
No seguimento desta necessidade, ou deste conselho da minha autoria, se a solução passar por inverter a realidade que temos, assumamos que o governo e os seus partidos, passem a ser um governo de oposição a quem decide.
Também se sabe, como o governo tem aproveitado todas as propostas e sugestões recebidas, a elas se devendo os êxitos bem visíveis que passam pelo país. Êxito, sem dúvida, de um governo dialogante, modesto e colaborante.
Mas, acima de tudo, um governo que tem o bom senso de estimular os partidos da oposição e a sociedade em geral, com a experiência, o seu exemplo e sabedoria, aproveitando todas as colaborações que lhe são oferecidas.
O senhor empresário, conselheiro dos cidadãos, a quem o país fica a dever mais este elevado serviço, merece o reconhecimento geral mas, sobretudo, do ‘seu’ governo, que tanto tem ganho com os seus exemplos e os seus conselhos.
Como se aproxima a hora de se ir embora, não como pedem os manifestantes ao governo, mas com toda a nobreza de quem tanto deu ao país, é natural que já tenha dado como adquirido, o direito à medalha da ordem.