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afonsonunes

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As turmas são agora bem maiores do que eram as dos anos anteriores. Talvez por isso, os cábulas também tenham aumentado, enquanto os chefes de turma, por serem menos, têm agora mais responsabilidades.

A turma dos cábulas, instalada na escola do palácio de S. Bento, acumula já cinco chumbos coletivos e, ao que tudo indica, a coisa não vai ficar por ali. É uma turma de lutadores contra a teimosia dos mestres.

Coelho, o chefe da turma dos cábulas, luta garbosamente contra os mestres do TC, professores da turma, esquecendo que são eles que aprovam ou chumbam, segundo os seus critérios, os bons ou maus alunos.

O chefe de turma dos cábulas pretende que se façam os exames mas, que todos os cábulas fiquem aprovados com distinção, prometendo que só depois vão estudar a matéria. Mesmo com cinco chumbos a luta continua.

Porque os cábulas lutadores são muitos e têm a determinação e a pretensão de que são invencíveis. Querem avaliar-se a si próprios e não desistem de ser eles a avaliar os professores. Para retribuir o chumbo.

Chegados a esta situação, deduz-se que alguém está a mais nesta escola. Os alunos cábulas ou os professores que os chumbam. Ao que parece, os cábulas fazem mais falta ao país. Não sabem nada de nada, mas fazem.

Argumentam que os professores sabem muito, mas não fazem nada. E o país já não pode passar sem os cábulas que fazem tudo sobre o joelho e só depois vão estudar os efeitos do que fizeram. É assim que se governa.

E é assim que se não estuda. Os chumbos só fazem falta para mandar embora quem incomode os cábulas que sabem tudo e fazem tudo bem. O resultado está bem à vista. Cinco chumbos, não é para qualquer um.

Como consequência desta facilidade de levar chumbo, o subchefe da turma dos cábulas assumiu a corajosa missão de lutar contra a troica. Já o chefe da poderosa turma, luta há muito contra todos os portugueses.

 

 

 

28 Ago, 2013

UNIVERSITÁRIOS

 

O Alentejo ganhou esta semana mais duas universidades. Castelo de Vide e Évora foram as localizações escolhidas para albergar estes universitários que vão terminar a semana com um canudo na mão. O canudo do verão.

Já ouvi nomes de catedráticos que vão certamente espalhar sabedoria política, já que é essa a finalidade destes cursos de verão. Tudo gente famosa, com valiosos créditos e méritos de vidas cheias de competência.

Os universitários, a nata da esperança dos partidos organizadores, estão imunes ao chumbo. Serão eles os futuros substitutos dos catedráticos desta semana e os futuros governantes do país, se necessário, na próxima.    

O ensino superior tem estado sob grande pressão para reduzir despesas, abrangendo até algumas essenciais. Por abandono de muitos alunos e aumento das propinas, também diminuem, e muito, as respetivas receitas.

Não me parece que as universidades de verão, com cursos de canudo garantido no fim-de-semana, entregues por reitores que não sentem cortes nos seus orçamentos, cobrem sequer uma propina para a cantina.

Este é um bom exemplo de como universidades privadas, no caso as de verão, conseguem fazer das tripas coração, para formar doutores de borla, coisa que as públicas não conseguem cobrando propinas o ano inteiro.

 

 

 

25 Ago, 2013

PAZ À SUA ALMA

 

 

Há pessoas que quando morrem não deixam saudades à grande maioria daqueles com quem lidaram, com mais ou menos proximidade. Sobretudo, àqueles que estiveram dependentes da vida do defunto.

É um lugar-comum dizer que não se deseja a morte a ninguém. Mas é um facto que a morte parece não escolher os bons ou os maus. Acaba sempre por levar uns e outros, só que a prioridade não é conhecida.

Quem por cá vai ficando, com mais ou menos evidência, não deixa de sentir esses desaparecimentos sem a lembrança das atuações que, direta ou indiretamente, lhe vieram fazer da vida um prazer ou um suplício.

Mais que certa é a garantia de que os prazeres e os suplícios por que passaram os extintos, ou obrigaram outros a passar, não os levam consigo. Ficam por aí, como expiação da sentença que lhes é lida lá em cima.

Sentença que não tem em conta os elogios que os amigos sérios, ou nem por isso, hipocritamente, pretendem branquear tudo o que na sua vida foi contrário às mais elementares regras da solidariedade e da justiça social.   

Um a um, todos vão tomando o seu lugar na fila de partida. Se tivessem consciência de que não conhecem a sua posição nessa fila, talvez se lembrassem mais dos outros e menos de si próprios. Paz à sua alma.

 

 

 

24 Ago, 2013

EXAMES

 

Normalmente os alunos fazem exames controlados por professores. Agora, que os professores têm de sentar o rabo nas carteiras e prestar provas como alunos, resta saber quem vai controlar esses exames.

Admitindo que não há pessoal não docente suficiente para essa ingente tarefa, só podem ser os alunos a entrar nesta cómica e inédita situação de inversão de estatuto dentro do ministério da ‘inducação’.

Já tinha ouvido dizer que ‘o fado é que induca’ e ‘o vinho é que instrói’. Agora, penso que o aluno é que ensina e o professor é que aprende. O mesmo é dizer que o eleitor é que manda e ao ministro resta obedecer.

No entanto, se essa situação for demasiado penalizadora, ou considerada demasiado humilhante, pode recorrer-se ao presidente Nogueira, homem que respira educação por todos os poros, para meter o ensino na ordem.

Aposto que ele resolvia o problema dos professores que o ministro quer que façam prova do que não sabem. Em cada sala de exames com 28 professores, punha um ministro a fazer a mesma prova.

Depois, o melhor dos 29 ia para ministro, enquanto os restantes 28 passavam a dar aulas. Quanto ao presidente Nogueira, trocaria a sua presidência por outra, onde a sua voz fosse um pouco mais escutada.

Nogueira podia até nem dar um grande presidente. Mas, por sistema, não ficaria calado mais de cinco minutos. Recados, só com nomes à cabeça, mesmo os dirigidos a quem punha as mãos no lume pela sua honestidade.

Talvez fosse a melhor maneira de fazer exame a muita gente que não é, nem merecia, ser professor, e à qual o presidente Nogueira não consegue ‘inducar’ minimamente e aos quais nem o bom vinho ‘instrói’ à séria. 

 

 

 

 

 

Obviamente que o empurrãozinho da mão de Cardoso no braço de Jesus não foi um gesto louvável. Mas, se fosse um empurrão a sério, como o de Luizão a um árbitro estrangeiro, Jesus também teria caído de costas.

Portanto, aparte essa indisciplina, há que considerar o aspeto positivo que lhe deu lugar. Cardoso revelou-se ferido no seu ‘benfiquismo’, ao ver como se perdem jogos por más decisões de quem não devia errar assim.

Tal como Cardoso, muitos milhares de benfiquistas teriam vontade de empurrar mesmo a sério o treinador, se possível, para bem longe dali. Com o mesmo vigor e revolta do jogador, ao ver tanta falta de senso.

Cardoso sabia que ia ser castigado, mas preferiu ter a coragem de assumir a denúncia de que o seu clube estava a ser levado por maus caminhos, com os resultados negros de um ano que podia ter sido dourado.

Cardoso nem sempre foi o goleador querido e desejado pelos sócios, por vezes com razão. Mas, neste episódio, triste e lamentável, por ele e por quem o tratou tão mal, acabou por ganhar muitas das simpatias perdidas.

Não há dúvida de que o seu procedimento para com o treinador, acabou por trazer à tona de água, muitas misérias que andavam submersas, num clube que é de futebol e não de negócios e erros que não deviam estar ali.

Porque os sócios que pagam as suas cotas querem mesmo, acima de tudo, uma grande equipa de futebol. Mesmo que sem os alardes de outras grandezas de muito mérito mas, que, sem vitórias, perdem todo o brilho.

 

 

  

22 Ago, 2013

3 Líderes 3

 

 

Isto não é o reclame a um qualquer espetáculo. É apenas uma maneira que encontrei, de me referir a três líderes que, no meu entender, são três cabeças de cartaz que só contribuem para que os recintos fiquem vazios.

Recintos que até podem ter mais ou menos gente e ter muito barulho lá dentro, principalmente, produzido por potentes aparelhagens de som. Mas vazios de palavras, de ideias e de propostas dos líderes que ali falam.

Temos aí uma campanha eleitoral onde os três líderes dos três partidos do arco da governação, vão esfalfar-se por convencer o zé-povinho de que são os maiores nas garantias de bem-estar aos seus apoiantes.

Não são os únicos, mas refiro apenas esses três. PSD e CDS no poder e PS na oposição. A minha primeira leitura da situação é a de que entram os três a perder nessa corrida sem interesse. Por causa dos líderes que têm.

Passos é um líder fraco, que fez um governo fraco, e só conseguiu criar desilusões à sua volta. Aqueles que podiam ter sido os seus melhores colaboradores, cedo se mostraram indisponíveis para lhe seguir os passos.

Portas é um líder inteligente mas não é capaz de controlar essa inteligência no sentido de a tornar útil ao crescimento e utilidade do partido. Uma cabeça de andorinha que muda de rumo a todo o momento.

Seguro é um líder inseguro, aparentemente, cheio de boas intenções, mas disso está o inferno cheio. Fala muito, mas acaba por dizer sempre a mesma coisa. E, quando assim é, mais cedo ou mais tarde, outro líder virá.

Como se o país estivesse em condições de ajudar estes líderes a crescer e a tornarem-se úteis a quem os elege, tudo está a arder à sua volta. Com eles metidos na piscina. E assim vai o país. Melhor, e assim o país não vai.

 

 

 

21 Ago, 2013

FUTEBÓIS?

 

 

Apetece-me dizer que o futebol vale mais qu’a Gaia toda. Rio abaixo, rio acima, não é difícil ver, de um lado, uma cidade bem gerida, sem dívidas, onde a clubite aguda nunca interferiu com a gestão do município atual.

Do outro lado, outro município, sem grandes futebóis no seu território, fez questão de aceitar fazer o papel que o seu vizinho nunca se prestou a fazer. Dívidas e mais dívidas, para ter agora um refúgio ali ao lado.

Segundo sondagens recentes Menezes vai ser o próximo presidente do Porto. Porto cidade, que o outro está de pedra e cal. Mas, que ninguém pense que isso será uma vitória do PSD. Será uma vitória do futebol.

Outra sondagem diz que o candidato do PS a Gaia, será o vencedor. A ser assim, julgo que o juízo que os gaienses fazem do seu ainda presidente, não é nada abonatório da sua competência no trabalho ali desenvolvido.

Por esse país fora são incontáveis os presidentes de câmaras e os candidatos a presidentes, que se suportam no futebol para mostrar que vão fazer um bom trabalho. E é por aí que os adeptos dão o seu voto.

O futebol é um antro de corruptos e um meio de propagação da corrupção a muitas outras atividades. Até à política. Cá dentro e lá fora, como o têm revelado imensos relatórios e denúncias que vêm a público.

No entanto, é um polvo com tantos e tão fortes tentáculos, que ninguém tem coragem e força para enfrentá-lo e tentar dominá-lo. Tudo o que é investigado e provado, é imediatamente silenciado e arquivado.

Depois, para disfarçar essa e outras maleitas da sociedade, põe-se a justiça no encalce de casos que só servem para deitar areia nos olhos mais recetivos a histórias de embalar meninos. Justiça há, mas só para alguns.

É curioso como deixou de se falar em corrupção no nosso país. Como se ela tivesse sido dominada. Experimentem, os que podem, fechar as portas que ela abre no futebol. E verão que metade dela, vai à vida.

 

 

 

20 Ago, 2013

SILÊNCIOS

 

Vê-se mesmo que a política está de férias e o país está muito mais tranquilo, embora ainda haja alguns, a alimentar as chatas e cansativas necessidades televisivas. Talvez esses não possam mesmo ir de férias.

Quase apostava que não é por medo de perder o lugar, como aqueles operários que, ao regressar de férias, encontram as empresas fechadas e ficam a ver navios em relação aos salários em dívida.

Daí que me incline para o facto desses incorrigíveis faladores não quererem deixar acumular os muitos assuntos que têm em memória e perderiam a validade se, por acaso, não fossem expelidos de imediato.   

Agora o que me surpreende é o silêncio de Maduro, apesar de não ter ouvido dizer que foi de férias e para onde. É pena, pois todas as coisas que ele tinha na ideia, devem estar a criar bolor com esta interrupção.

Já não me surpreende o silêncio de Portas. Desconfio que o conselho de ministros a que presidiu, deve ter aprovado uma norma no sentido de que quem fala é ele. Apenas ele. E ele ainda está a pensar no que vai dizer.

 

 

 

19 Ago, 2013

SORTE MALVADA

 

Depois do desastrado final da última época futebolística consta que LFV ficou com JJ para ele não rumar ao FCP. Também há quem pense que o presidente só o deixava ir se lá houvesse uma vaga para ele.

Como isso ainda está longe de acontecer, têm ambos de continuar a trabalhar por fora para que nada falte à equipa das suas predileções. Que é o SLB, obviamente, a qual, assim, garantirá sempre o segundo lugar.

Os lampiões é que começam a desesperar com a sorte malvada que lhes saiu na rifa. É que, também há um ou outro jogador que entra no jogo da colaboração, dando uns frangos ou fazendo uns penáltis.

Depois, para disfarçar, dizem todos que estão muito fortes. Antes dos jogos. Após o seu fim, o JJ diz que o SLB não está habituado a perder. Na verdade, já está é desabituado de ganhar seja a quem for.

Só não se percebe o motivo por que todos eles não começam a época, dizendo que estão a perseguir o segundo lugar. Assim, podiam dizer que isso é canja, pois a bênção estaria garantida e a concorrência afastada.

E, principalmente, podiam ter a certeza que os penáltis e as expulsões teriam uma distribuição muito mais equitativa. E o LFV passaria a ter uma vida muito mais calma. Não precisava de se zangar tanto.

 

 

 

 

Quase todos os dias aparecem jornalistas e outros entendidos a ver, ou a tentar ver, quando não simplesmente a inventar, divisões a propósito de tudo e de mais alguma coisa, no maior partido da oposição.   

Eu também gosto muito de inventar sobretudo, sobre os atos e decisões de governantes, que são esses que têm a responsabilidade de responder aos anseios e preocupações das populações. Os outros falam.

Em contrapartida, anda tudo muito calado sobre as divisões no principal partido do governo. O que me deixa perceber que, não havendo coragem para assumir estas, se fala muito, ou se inventa muito, sobre aquelas.

Tal só pode significar que, afinal, se preocupam mais em inferiorizar o PS, que em valorizar o PSD. Aliás, quase ninguém comenta o facto dos ilustres do PSD apoiarem os seus dinossauros e não apoiarem tanto o governo.

No entanto, estão muito preocupados sempre que os ilustres do PS abrem a boca e emitem as suas opiniões. Basta comparar a frequência com que aparecem notícias de uns e de outros sobre divisões internas.

O mesmo se verifica no modo como essa comunicação social entrevista gente dos dois lados. No caso do PSD, as perguntas são de uma moleza que faz sorrir, enquanto as feitas ao PS, são incisivas até à exaustão.

Não é difícil concluir que existe um branquear constante de tudo o que não interessa desenvolver sobre os governantes do PSD, bem como dos seus ilustres militantes que fizeram ou aceitaram o que não deviam.

 

 

 

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