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afonsonunes

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Segundo julgo saber, chavões são chaves grandes que, pela lógica, devem servir para abrir portões. Tanto podem servir para ser usados por grandes homens ou mulheres, como por pequenos camaleões.

Só que os camaleões não podem sequer com um chavão, quanto mais ter força para o usar e abrir portões ou portas a que nem pode pensar em aceder. Por mais que mude de cor e de ideias.

Transportando gente grande e camaleões para a política, depressa se verifica que as pessoas até podem meter um ou outro chavão nos seus discursos. Os camaleões nem sabem meter uma palavra sequer.

Aliás, os camaleões nem têm dimensão para sair do deserto, e não apenas do deserto de ideias. A política do deserto, é a prática da aridez escaldante do sol do dia e do gelo entorpecedor das noites.

Quando me apercebo de que um camaleão pretende fazer um ataque ao discurso de um grande homem, logo me vem à ideia o vazio dos fundamentos que julga sobrepor ao vazio da sua mente.  

Uma das diferenças entre um camaleão e um grande homem é, antes do mais, a sua dimensão física. Nunca um camaleão pode tentar pisar um homem. Mas, corre o risco de ser pisado por toda a gente.

No entanto, tem a seu favor, a faculdade de mudar de cor a todo o momento, consoante os perigos que julga ver à sua volta. Réptil, catavento, ou pessoa volúvel. Pode ser tudo, menos gente à séria.

 

 

 

29 Jun, 2014

VÓS, NÃO!...

 

 

Haverá muita gente que está preocupada com a situação que se vive no PS. Porém, isso não é tão preocupante como a situação que existe, mesmo sendo bastante abafada, no governo e na coligação.

Os socialistas, mais tarde ou mais cedo, lá encontrarão maneira de resolver os seus problemas, sem que o país e os portugueses em geral, sejam muito afetados. Não são eles que nos estão a ir ao bolso.

Há mais de três anos que não contam para nada, portanto, bem podemos passar sem aquilo que não temos há tanto tempo. Que é um mínimo de cooperação, ou um sinalzinho de entendimento.

Por outro lado fala-se muito pouco, ou quase ninguém liga nenhuma, aos escondidos arrufos diários entre os partidos da coligação e do governo. Esses arrufos, sim, são mais que preocupantes. Assustam.

Sobretudo, porque tais arrufos são um perigo para a continuidade da nossa soberania, agora que os novos libertadores a conquistaram e a reforçaram com o fim da intromissão estrangeira. Gratos por isso.

Por favor, imploro eu, não se zanguem, senão pode dar-vos na veneta e deixarem-nos órfãos desprotegidos, ao arbítrio dos apetites dos desavindos socialistas, que só pensam no poder. Vós, não!

 

 

 

28 Jun, 2014

O PERNIL E A ORELHA

 

 

Com a seleção nacional viajou para o Brasil um carregamento de mantimentos que devia durar até ao último dia do mundial. Afinal, a comitiva já chegou esta madrugada e o mundial está para durar.

Ouvi dizer que o avião chegou atrasado a Lisboa. Logo me lembrei que a bagagem deve ter contribuído para esse atraso. Os mantimentos não consumidos pesam e o avião vem mais devagar.

O chefe Élio deve ter dificuldade em conservar o bacalhau, o pernil e a orelha, até à próxima viagem. Que corre o risco de a comitiva integrar muitos elementos novos que prefiram enlatados baratos.

Talvez o chefe até tenha exagerado nas feijoadas logo de início. Daí uma certa sonolência geral para quem tem digestões mais difíceis. Que, ao que parece, era toda a comitiva. Agora, há que fazer dieta.

Na ida para o Brasil, a seleção chegou, viu e perdeu. Coisas normais. A bola é redonda. Esta madrugada, a seleção chegou, viu e foi continuar a dormir, como fez no Brasil e no avião do regresso.

Depois de refletir maduramente sobre tais acontecimentos, concluo que houve falta de pernil durante os jogos e falta de orelha antes deles. Logo, a feijoada devia ter feijão a mais e conduto a menos.    

Mas, de cabeça baixa de mais, há que levantá-la como eles dizem. E isso vai acontecer. O PM já os felicitou pelo esforço desenvolvido. Entretanto, não tardará que seja marcada a receção em Belém.

Portanto, todos os componentes da comitiva ‘mundialista’, têm garantido todo o apoio. Ninguém vai ser despedido, ninguém vai ser demitido, nem ninguém vai mudar de vida. E a seleção vai continuar.

Agora, a principal tarefa da Federação é não deixar que os mantimentos que não houve tempo de comer não acabem estragados no lixo. Seria uma pena, tanto bacalhau e tão caro.

 

 

 

27 Jun, 2014

SEGURO DE COSTAS

 

 

Já por várias vezes me referi aqui a Seguro como o político que gosta de fazer o papel de anjinho. Agora, desde que acordou ao som da voz de Costa, parece mais inclinado para fazer dos outros anjinhos.

Desde que Costa lhe meteu medo, Seguro levantou a voz, começou a querer falar grosso e a acordar para abordar diversos assuntos que, para ele, eram tabu. Aqueles que lhe podiam exigir mais bagagem.

Assuntos que ele preferia ver atrás das costas. Ou seja, aqueles que dividem em lugar de unir. Porque ele sabe bem que há os Seguros e os Costas. Que há os das grandes vitórias e os das pequenas vitórias.

Mas, Seguro nem sabe bem as águas em que navega. Anda há muito tempo a insistir na demissão do governo. Inclusivamente, pedindo a ajuda do PR. E nisso é acompanhado por muita gente.

Mas, curiosamente, quando o contestam, diz em público: ’Era o que faltava, o PS tem os seus órgãos legitimados pelo voto’. E o governo não tem? Ora, o voto só legitima, enquanto os votantes confiarem.

E os votantes já demonstraram que não confiam no governo mas, também já demonstraram que não confiam o suficiente em Seguro, para lhe entregar o poder. Logo, Seguro está ao nível do governo.

Tal como o governo, Seguro está agarrado a uma falsa tábua de salvação, que só falsos argumentos e falsos intérpretes da situação, lhes permitem sobreviver. Mas, de costas para quem os ignora.

Quem não tem medo aceita ir a votos, em lugar de andar a escudar-se no medo de quem se teme. Quem quer transparência e debates, não recorre a expedientes para iludir a realidade do próprio medo.

Seguro e os seus, aprenderam tudo com os métodos dos detentores do poder, pois estão convencidos de que vão ter o mesmo sucesso. Se assim for, mal vai ficar o país de costas voltadas para eles.

 

 

 

 

 

O presidente já marcou a data do próximo conselho de estado para discutir a problemática da sua política e convencer todos os conselheiros de que se têm obtido importantes vitórias.

Como não podia deixar de ser, o mérito dessas vitórias foi atribuído ao seu colaborador de campo, digamos que, ao seu treinador. Pelas suas escolhas, pelas suas decisões e pelas suas louváveis teimosias.

O país está triste mas não tem razão nenhuma que justifique esse estado de alma. Sofrer por uma boa causa, deve ser uma honra, além de ser uma obrigação. Quem não sabe sofrer, não merece comer.

Eu sei que há muita a gente a comer demais. Como consequência, vem a obesidade. Ora, nunca um obeso pode estar em boa forma física. E, quem não está em forma, não pode estar na nossa equipa.

Este é um assunto que tem de ser rapidamente esclarecido. Daí que o presidente já tenha marcado o conselho de estado. Ele sabe que tudo está em discussão, desde que não se conteste o presidente.

E também sabe que, depois do conselho de estado, vai fazer o que muito bem lhe apetecer. E no decorrer do mesmo, vai dizer aos conselheiros que tenham juízo, porque ele é que sabe do assunto.

Aliás, o conselho de estado não serve para nada, pois já todos sabemos, e o presidente também, que os clubes não se entendem. Mas o clube do presidente tem sempre voto de qualidade.

Pois é. Como de costume, o presidente não fala. Mas manda falar quem lhe convém. Acaba de ser mandado para casa com todo o seu séquito e continua calado. Agora, nem um simples recado ao país.

Obviamente que estou a falar do presidente da FPF, que ainda está no Brasil mas, com a mala feita para vir divulgar a data do conselho de estado, para nos dizer qual o futuro do futebol que dirige.

Se é para nos dizer que está tudo bem. Que todos se portaram muito bem. Que não há alternativa às pessoas e às táticas, então mais vale desistir do conselho de estado. Já nos basta o nosso estado.

 

 

 

 

 

O autarca modelo do PSD é um sortudo no meio de tantas injustiças que lhe fizeram. De dez anos de bem-estar que lhe prometeram inicialmente, acaba de ser posto na rua um ano e dois meses depois.

Enquanto esteve protegido à sombra, sempre clamou que estava inocente. Agora, que foi posto ao sol, graças ao seu bom comportamento, confessou estar arrependido do que fez.

Foi uma injustiça, pois se estava e sempre esteve inocente, devem tê-lo coagido a dizer que estava arrependido do que não fez. E foi nisso. É assim que imediatamente foi mandado para casa contrafeito.

E não era, para menos. Se estava a morar em Miragrades com a vida estabilizada, foi uma injustiça mandá-lo para Miraflores, onde vai certamente ter algumas dificuldades de adaptação. Sem ajudas.

Mas terá, desde já, a preciosa ajuda do companheiro dos cinco milhões de adiantamento. Ambos sabem bem gerir milhões, muitos milhões. Quem tem um adiantamento assim, imagina-se o resto.

Ambos ex-ministros de uma escola que deu brado no país, tiveram o privilégio de serem os únicos, até agora, com o estatuto de ‘milhonários’. Outros estão em fila de espera para se lhes juntarem.

 Não me admiraria nada se, daqui a algum tempo, todos eles formassem o novo partido dos milhões voadores. Uns com milhões já consolidados, outros a baterem a asa com os milhões a salvo.  

Como não são do PS, tudo farão para que aproveitem a maré que corre por lá. Têm desde já a palavra de Seguro de que podem contar com ele para que o anjo da guarda do novo partido, seja Sócrates.

 

 

 

23 Jun, 2014

SALDOS

 

 

Neste início de verão as promoções e pechinchas são mais que muitas. Desde logo, neste governo que, de tão unido, respeitado, aplaudido e desejado, gera um volume de negócios insuperável.

Daí que qualquer fervoroso e indefetível fã, pode ver um primeiro-ministro sorridente a vender cortes em saldo, e um vice esforçado vendendo a imagem de um cirurgião a estancar o sangue dos cortes.

Nesta feira de créditos, onde os débitos são uma miragem, onde tudo sobra e nada falta, a verdadeiros preços de saldo, só as oposições vivem mal, porque não se deixam cortar à vontade de quem corta.

Mas, já que até os cortes estão em saldo, Seguro resolveu cortar em Costa, como se já fosse primeiro-ministro. Se calhar até julga que já o é. Ou então está em estágio pré pago para vir a sê-lo a sério.

Porém, tem o azar de encontrar um Costa a ensaiar uma experiência inédita de cortar e suturar ao mesmo tempo. Quer cortar em Passos, Portas e Seguro, enquanto sutura os cortes que afligem o povo.

Não se pode dizer que será uma coisa fácil, já que há uma grande simpatia entre companheiros e certos camaradas. Para lá dos que se dizem independentes, mas ajudam a cortar sempre nos mesmos.

Daí que ande muita gente assustada com tamanha desunião e falta de entendimento entre Costa e Seguro. Por mim, só tenho medo que esses males se estendam ao universo unido de apoio ao governo.

Onde todos os apoiantes estão abraçados. E onde só a união reinante permite comprar tudo ao desbarato. São os saldos entre eles. E lá vão bem juntinhos às compras, mesmo quando as feiras estão fechadas.

PS:Oferece-se um jogador da seleção a quem apoiar o governo.

 

 

 

22 Jun, 2014

AS PAREDES

 

 

Seguro bem tenta avançar no sentido contrário à parede mas, apesar de Costa não usar a espada, mantem-se estático, elevando apenas a voz e imitando uma certa argumentação, comum nas hostes laranjas.

Sempre tentando fugir para a frente mas a parede está lá atrás à sua espera. É uma questão de tempo. Mais tarde ou mais cedo, terá de se encostar a ela, porque as paredes não recuam. Os homens sim.

Não adianta querer muito uma coisa. É preciso merecê-la e ter o estofo necessário para a conquistar. Não é por fazer muitas acusações a quem tem a espada, que se livra de sentir a parede.

Também não adianta armar em forte, quando se tem pela frente alguém que empunha a espada e não recua. Seguro está de mãos vazias e Costa não tem pressa de o obrigar a encostar à parede.    

Mas, mudemos de parede. E de espada. Paulo Bento acaba de recorrer a uma espada que não tem, para se salvar de uma parede demasiado alta. A espada com que quer lutar está noutras mãos.

Com a agravante de ter de tentar saltar essa parede de costas para ela. Fica-lhe bem a opção de lutar. Lutar com as armas que tem e com as munições próprias. Não pode usar balas em pressões de ar.

Paulo Bento tem virtudes inegáveis. Mas, pelo meio delas, anda muita teimosia e muita permissividade em termos de regras e disciplina. E da tal nebulosidade que envolve o futebol português. 

Mudemos ainda mais uma vez de parede. Não sei se os nossos ‘merkelianos’ políticos felicitaram quem nos encostou à parede em Salvador. Ou se, pelo contrário, lhes pediram a milagrosa receita.

Não me admiraria nada se os nossos adversários de hoje se nos tivessem antecipado. Já não se pode confiar em ninguém. Todos têm muito respeito por nós, mas sabem que nós aguentamos tudo.

 

 

 

20 Jun, 2014

RESIGNAÇÃO E LATA

 

 

Eu não me resigno e vou continuar a dizer que se entendam já, porque mais tarde pode ser cedo. Perdão, se calhar fica melhor escrever que se entendam cedo, porque depois pode ser tarde.

Eu digo estas coisas porque me escasseiam assuntos para continuar ativo. Se parar, dizem que já estou moribundo e isso é coisa que não me entra sequer na pensadura. Eu falo, logo existo. E falo bem.

Eu não me resigno. Por isso vou continuar a insistir para que se entendam. Eu não tenho que me entender com ninguém. Eu digo sempre o mesmo. Porque não tenho que fazer nada, como sempre.

Às vezes até me apetece dizer, como o outro: mas que grande lata. Então, no meio da bancarrota, ainda queres dar bodo aos pobres? Como se a gente não visse que só há bodos para os endinheirados.

Mas, sinceramente, eu que não sou de cá, já me cheira mal esta conversa da bancarrota, ou da perseguição de interesses privados. Agora sou eu que digo: mas que grande lata! Olhem-se ao espelho.

Mas quando é que eu tenho juízo? É evidente que sou eu que estou vesgo. Sou eu que gosto de falar de bancarrotas criadas pelos meus desvarios. Ou será que eu queria dizer desvios? Já estou baralhado.     

Apesar disso, não resigno, porque não sou o único. Estou convencido que, se eu estou baralhado, há quem esteja descontrolado. E não se resigna, nem resigna. E há quem tenha a lata de andar à deriva.

 

 

 

19 Jun, 2014

MINTINISTROS

 

 

Agora dizemos que os ministros são uns mentirosos. Dantes, quando os níveis de instrução do povo eram menores, ouvia-se dizer frequentemente aos mais atrevidos, que eles eram uns ‘mintrosos’.

Mentirosos ou mintrosos, tanto faz, mas é um facto que jamais, ‘em tempo algum’, se mentiu tanto como agora. Daí que já seja tempo de fazer um ‘justo’ ajustamento ao nome daqueles que mais mentem.

E então, está na hora de se proceder a mais um ajustamento ao Acordo Ortográfico. A palavra ministro deve ser expurgada dos dicionários portugueses. Para o seu lugar, o novo termo, mintinistro.

Parece-me ser a melhor maneira de homenagear quem tanto tem feito pelo país e pelos portugueses. Eles mentem na perfeição, riem de nós com sabedoria, abanam a cabeça como espanta pardais.

Conseguem espantar-nos a nós mas espantam, principalmente, os estrangeiros que, de tão espertos que são, acreditam em tudo o que os mintinistros lhes dizem. E gostam de ouvir contar ‘mintiras’.

Está mais que provado que quem gosta de as ouvir contar, adora depois contá-las, acrescentando sempre algo mais, como diz o povo: quem conta um conto, acrescenta sempre mais um ponto.

No entanto, nem tudo é mau. Os nossos mintinistros têm a grande virtude de terem a marcha atrás sempre engatada. Assim, quando entram em sentido proibido, toca a recuar. É tão bom ir de re-cu-o.

 

 

   

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