PATRIMÓNIOS
Portugal é um país rico em muitos aspetos entre eles, o facto de ter um Sócrates carregado de milhões que ainda ninguém conseguiu descobrir onde estão. É pena, pois talvez pudessem ser aproveitados para o défice.
Gostaria de saber quanto já se gastou com todas as investigações e todas as escutas ao dito ex e quais os resultados obtidos. E, já agora, quem mais arrecadou dessas diligências, ao longo de todos esses anos de despesas.
Também gostaria de saber se já alguma vez se gastou tanto dinheiro com alguém e se, sim, com quem. É que Sócrates já é um caso único no país por várias razões. Mas seria interessante saber se é recordista e em quê.
Estas reflexões trazem-me ao pensamento o segredo de justiça, que era para acabar, era para ser punido, e agora já é uma dor de cabeça. Pois, agora até já é um pesadelo. Mas, para quem? Para quem se serviu dele.
Dá a impressão que os infratores do segredo de justiça começam a estar na iminência de lhes sair o tiro pela culatra. Não raras vezes vira-se o feitiço contra o feiticeiro. Os beneficiados podem acabar prejudicados.
No meio de tudo isto anda o património de muita gente e as suas origens. Há patrimónios escondidos e há patrimónios à vista de toda a gente. Destes, muitos, ninguém quer saber. Para os outros, é a caça ao tesouro.
Provavelmente, andam fortes poderes mágicos nestes patrimónios. Há documentos que voam misteriosamente sem deixar rasto. Há gestores que ganharam milhões da noite para o dia. Gestores feitos à pressa.
Outros, no tempo das vacas gordas vindas de fora, transformaram-nas em carros de topo, em piscinas do tamanho do mar, em palacetes de fazer inveja aos verdadeiros e sérios empresários. Tudo patrimónios limpinhos.
E depois, o povo é que vivia acima das suas possibilidades. E depois, os banqueiros fizeram magia igual aos seus amigos. E depois, foi tudo obra de um só criminoso e de um só partido. E depois, isto está uma maravilha.