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afonsonunes

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31 Mar, 2015

O OVO DO CUCO

 

O cuco é uma ave muito singular. Tem um esvoaçar muito ziguezagueante, semelhante ao andar de certos homens quando se metem na pinga. Mas, mais singular é o seu modo de vida e comodidade na sua reprodução.

O cuco não faz o seu ninho como as outras aves para ali depositar os ovos que põe, chocando-os depois e cuidando do crescimento das suas crias. Isso dá muito trabalho. Desde logo, a demorada feitura do próprio ninho.  

E então o preguiçoso cuco, procura um ninho já feito por outras aves e toca de pôr lá o seu ovinho, misturado com os de quem o fez e dele cuida. Digo ovinho mas, na realidade, é um ovão em relação aos outros.

Imaginemos que o cuco vai depositar o seu ovão junto dos ovinhos de um ninho de pintassilgo. Os pintassilgos chocam-nos todos e, quando partem a casca e aparecem, lá está um gigante no meio de uns tantos anõezinhos.

Para o cuco, foi tudo muito fácil e económico. Para os pintassilgos, uma solidariedade que custou muito esforço suplementar. Quando o ninho é pequeno, não é fácil ceder quase todo o espaço a um estranho mandrião.

Também não é estranho de todo que haja pessoas como o cuco. Parece que não têm gosto em ter a sua própria casa para desenvolver as suas atividades. Parece gostarem mais de andar de casa em casa que ter a sua.

Ainda que, nesse caso, não falte espaço para todos. Sim, porque casas não são ninhos. E as pessoas, normalmente, são tão hospitaleiras e solidárias como as aves que chocam ovos de cucos e criam todos esses órfãos.

Portanto, em casa a gente fecha e porta e julga estar o problema resolvido. Mas os cucos até podem entrar pela janela e deixar lá o seu ovo. É verdade que podemos deitar o ovo fora. Mas, os pintassilgos, não.

 

 

30 Mar, 2015

SOCRATIZANDO

 

Se eu não estiver errado, socratizando é o gerúndio do verbo socratizar. Verbo que atualmente volta a estar na berra, embora seja conjugado por quase toda a gente. Mas, a sua descoberta, pertence-me todinha. Pois…

Nem seria necessário dizê-lo, pois toda a gente sabe que socratizar é falar de Sócrates. Hoje dispus-me a achegar mais umas coisas às muitas que correm por aí. Juro, não fui buscá-las a nenhum jornal da especialidade.

Tem-se socratizado muito com os amigos, com os familiares, com os camaradas, com os professores, etc. e tal. Mas há um aspeto que ainda ninguém referiu. Contudo, mais uma vez, sou eu a inovar, como só eu sei.

Sócrates tem um cão, uma gata e um papagaio. O cão é um correio manhoso quando ladra. E ladra todos os dias logo pela manhãzinha, muito cedinho. A gata limita-se a miar de vez em quando. O papagaio será ele.

A relação entre eles é um espanto. Imagine-se que eles comunicam noite dentro, quando toda a gente dorme. O papagaio, está na cela, o cão e a gata estão em casa do papagaio. E comunicam, dizem, como fantasmas.

Só assim se explica como todos sabem tanto da vida uns dos outros. E, claro, a justiça aproveita-se da situação. Só ninguém percebe tanta segurança à volta da casa e da cela. Os polícias não seguram fantasmas.

Seguramente que o papagaio não é um fantasma: é fantástico. Direi mesmo que é um fenómeno. Ora digam-me lá, como é que um simples papagaio domina a vida de um país tão grande e tão belo como Portugal.

Por enquanto o papagaio só fala. O cão e a gata ouvem e gravam. Depois, sei lá como, os sons, as conversas, aparecem cá fora. Há medida que o tempo passa, a voz do papagaio sobe enquanto, cão e gata se repetem.

É claro que tudo isto depende do solstício e da manha. O papagaio continua na cela porque o vento não muda, a justiça é surda e o papagaio não sai. Mas já há quem esteja convencido de que não tardará a cantar.

Tudo leva a crer que a primeira canção em liberdade, será aquela do Carlos Mendes, ‘E o vento mudou’. Mas, com uma alteração: ‘E ela não voltou’, será substituído por, ´E ele já saiu’. Mas a bicharada continuará.

Foi esta a melhor maneira que encontrei para entrar na onda da socratização. Com os cães a ladrar por contágio, pois quando ladra um, logo ladra uma matilha. E as gatas gritam no desespero do seu solstício.

 

Certamente que eles já se julgam poderosos candidatos ao poder. Não propriamente a virem a ser detentores de um poder exercido com a sua conquista direta, mas a aproveitar as sobras dos poderosos do costume.

Como o poder se conquista com votos, há os que conquistam muitos e os que conquistam poucos. Por vezes acontece que quem obtém muitos, só chega ao poder com quem obtém poucos. Logo, tem de ceder poder.

Assim, o poder fica dividido, quase sempre descaracterizado, por ser exercido debaixo de pressões e interesses contraditórios. Todos nos lembramos dos episódios rocambolescos do tão irrevogável atual vice.

Como vêm aí eleições, já se perfilam novos candidatos a exigentes poderosos. Certamente que não chegarão a vices, mas podem chegar a bater o pé a alguém que precise de um exigente, ou mais, para mandar.

Mando ou poder, é o que querem os três novos candidatos: Marinho e Pinto, Rui Tavares e Joana Amaral Dias. Qualquer deles já manifestou disponibilidade para ser ajudante de poder. Com muitas ideias velhas.

Acabar com isto, criar aquilo, ajudar aqui, combater acolá, são a súmula das suas tão novas como velhas aspirações. Que não são diferentes das dos poderosos que as passam como novidades das atuais campanhas.

É verdade que serão caras novas. Mas não me parece que o seu poder vá além do velho poder dos ajudantes. Um poder baseado na exigência do vai ou racha, do dás-me ou bato a porta, à Portas, de tão má memória.

O país precisa mesmo de caras novas. Com palavras novas para arrumar de vez com estas birras, pois que já nos deram de tudo, menos daquilo que se precisava. Mais miséria, não. Menos hipocrisia e outra atitude, sim.

 

28 Mar, 2015

ERA O VINHO

 

Hoje, não sei a propósito de quê, lembrei-me daquela cantiga velhinha que começava assim: era o vinho, meu bem, era o vinho. Já não me lembra o resto. Mas nem isso me fez afastar a ideia. Sou de ideias fixas.

Sempre gostei de beber o meu copinho de vinho à refeição. Como mandam as regras, obviamente. Já tem acontecido, não gostar do vinho, ao levar o copo à boca. Mas fico com pena de o deitar fora. Sou poupado.

Porém, opto sempre por deitá-lo fora. Seria uma tremenda asneira misturar-lhe outro, na convicção de que ficaria melhor. Nada mais errado. O que não presta deita-se fora. Tenta-se outra coisa. Saia melhor ou igual.

E então quando temos opções que vão dos tintos aos brancos, passando pelos verdes e pelos maduros, nem pensar em conseguir uma boa união de alguns deles. Todos são bons, mas apenas bebendo cada um por si.

Sei que este meu gosto não é consensual, sobretudo quando se quer aplicar o mesmo princípio a situações muito diferentes daquela que abordei para os vinhos. Pois, e se cada vinho fosse um partido político?

Eu diria exatamente o mesmo. Não se misturam partidos políticos. Tal como os vinhos, os partidos são todos bons. Mas, cada um de per si. Se os misturarmos, acaba por sair uma zurrapa qualquer. Talvez intragável.

Quando eu digo que os partidos são todos bons, não estou a falar apenas do meu gosto. Estou a falar nos diversos gostos pessoais. Sabemos que há gostos para tudo. Se assim não fosse, há muita coisa que não existia.

É por isso que é vulgar ouvir dizer-se que tudo faz falta. Que mais não seja, para temperar gostos. Para se comparar gostos. Para que cada um de nós tenha a noção do bom e do mau. Do melhor e do pior. Nada mais que isso.  

E acabo como comecei. A falar de vinhos. Garanto que não estou com os copos. Mas tenho a sensação de que há políticos que andam sempre em estado duvidoso. Sobretudo, os que se misturam. E não sopram no balão!

 

27 Mar, 2015

JUIZO

 

Juízo, é coisa que poucos têm muito, e muitos têm pouco, havendo ainda um número indeterminado que não tem juízo nenhum. Não há que dar grande importância a estas coisas. Todos vivem bem com o que têm.

Ao dizer isto, não estou a fazer juízos precipitados sobre ninguém. Até porque não sou juiz para cair nessa esparrela. Os juízes, sim, podem fazer todos os juízos e decidir quem tem juízo e quem não tem. Vivem disso.

Exatamente porque vivem disso e serem mais ‘ajuizados’ que ninguém, é imperioso que lhes façam as vontades todas. Agora exigem, ou talvez só queiram, sem estar a pedir nada, ganhar mais que o primeiro-ministro.

Se tal não acontecer, deixam de ser independentes. Não porque queiram, obviamente, mas por serem obrigados a isso. Claro que isso não acontece ao PM, que tem de ser sempre independente, ganhe lá o que ganhar.

Há, no entanto, um pormenor de somenos. Costumamos avaliar a importância dos cargos pelas suas remunerações. Logo, quem ganha mais, é quem mais manda. É claro que ninguém manda em ninguém, não é?

Embora se diga que o patrão é quem manda. Mas também é sabido que há patrões que ganham muito menos que os empregados. Mas não perdem o direito de ser patrões e mandar os empregados dar uma volta.

Uma coisa é certa. Estou a filosofar sobre assuntos que nada têm a ver com os juízes e o PM. E muito menos a valorizar o trabalho deles. Até porque não sei quais trabalham mais e melhor. Nem quais são mais justos.

No entanto, parece-me que o PM, para não ficar desqualificado, pode perfeitamente determinar e mandar publicar que, ele próprio, passe a ganhar mais que o PR. Tudo isto são questões pertinentes. Tudo é justiça.

E é a justiça a funcionar. Falta saber se os juízes aceitam prescindir do lugar de topo salarial, ou se tanto lhes dá que o PM ganhe mais que o PR, ou vice-versa, desde que eles próprios ganhem mais que cada um deles.

Cá por mim, tudo bem. Mas já que continuei a filosofar, deixo o meu sábio parecer, para não se dizer que não apresento soluções. Que seja a ministra das Finanças a determinar a ordenação deles na lista salarial.

Agora não venham perguntar-me qual o critério para a minha decisão. Ora, ora! Porque ela faria o costume e depois garantiria a todos eles que não tinha nada a ver com o assunto. Ficaria de bem com todos, claríssimo.

 

 

26 Mar, 2015

CONFIANÇA

 

O governo português respira confiança por todos os poros no que respeita ao futuro. Surge agora mais um termo, robustez, que transmite aos cidadãos a força interior que vem dos governantes e dos seus amigos.

Por seu turno, os portugueses transpiram desconfiança através de suores frios, por não verem convertido o seu esforço diário em qualidade mínima de vida e em possibilidade de sustento continuado dos seus familiares.

Está por saber se a confiança de quem dirige os destinos do país, é efetivamente uma confiança baseada na realidade dos factos, ou se ela não passa de uma forma de tentar, mais uma vez, camuflar a realidade.

A confiança conquista-se com verdades continuadas e indiscutíveis, apoiadas em dados mais sólidos que os voláteis e confusos que são apresentados através de discursos eleitoralistas eivados de incoerências.

Por outro lado, desde que é governo, a atual maioria mais não tem feito que atropelos de toda a ordem, em todas as áreas da governação. Esses atropelos seriam sempre graves, mesmo que algo tivesse melhorado.

Há valores imprescindíveis na vida de uma nação e de um país. E esses, não há como disfarçá-los com análises distorcidas e visões surrealistas. E não adianta cuspir para o lado, ou babar-se com pretensos erros alheios.

A grande e efetiva verdade, é revelada diariamente através de mentiras sucessivas de pessoas que pisam constantemente os seus deveres e as suas responsabilidades. Que não são capazes de assumir posteriormente.

Portanto, ainda que toda a gente estivesse a nadar em dinheiro, o país não estava bem. Não é o caso. Mas se fosse, faltaria verdade, para que os cidadãos confiassem nos seus dirigentes. É óbvio que isso não acontece.

Não acontece, porque os governantes, tudo fazem para não merecer essa confiança. Porque eles desconfiam de quem não lhes agrada, agridem psicologicamente e estragam a vida de muita gente realmente séria.

25 Mar, 2015

AI PODE, PODE!

 

O PSD low cost e a nata dos empresários reuniram-se numa sala trancada a sete chaves, não fosse alguém ouvir as costumadas banalidades eleitorais. Marco e Maria, têm muito jeito para estas coisas de segredos.

Foi tornado público que o PSD pode ganhar as eleições sozinho. Ah pois pode, mas isso é tão provável como não haver lista VIP nos impostos. Mas, acrescenta-se que o PSD estará taco a taco com o PS. E isso é ganhar?

Mas é muito estranho que tenha de o dizer só à ‘lista nata’. Será que esses são mais difíceis ou mais fáceis de convencer que os da ‘lista desnatada’? Cá para mim, Marco e Maria, quiseram simplesmente esconder algo.

Só pode ter sido ocultar ao CDS que as natas estão no PSD. Assim, o CDS teria apenas do seu lado, as cinco dezenas do autocarro, vindas do leite desnatado dos empresários. O que seria um grande bigode para Portas.

Ele, que tanto tem viajado com a nata, ver agora que ela lhe fugiu numa reunião à porta fechada, e sem ele? Surpreendentemente, promovida pela sua companheira Maria. Logo agora que já se estavam a dar tão bem.  

Portas não vai gostar, quando souber de tamanha ‘traição’. Os amigos são para sempre, e não apenas para quando o taco a taco com o PS está perdido. Pois, agora que o PSD já está taco a taco, já não precisa do CDS.

Vai lá, vai. O pior é se o taco lhe cai sobre a cabeça, ou se o PS nem sequer precisa de taco para os empurrar a ambos para debaixo da mesa do bilhar. É frequente que as natas nem sempre decidem o que mais lhes interessa.

Depois, há aqui uma outra coisa muito, muito importante. É saber se as táticas do costume resultam ou não. Estamos na fase de aceleração. A velocidade resulta, ou há ‘estampanço’? Ou há decisões irrevogáveis?

 

 

24 Mar, 2015

O CHEIO E O VAZIO

 

Custa muito a acreditar que um cofre completamente vazio, possa encher em quase quatro anos, sem uma daquelas artes mágicas de um pilha galinhas qualquer. É que nem se pode dizer que o cofre estava meio vazio.

E, também agora, não se pode sequer imaginar que o cofre pode estar meio cheio. Não, está a rebentar pelas costuras. Temos mesmo de ter muito cuidado pois se ele rebenta, rebenta mesmo com os portugueses.

Portanto, com tanta magia à nossa volta, cuidado, que nem todos os truques são de confiança. E de menos confiança ainda, são os ilusionistas que andam em delírio, certos do êxito da reposição de velhos reportórios.

E depois não falta quem, sabe-se lá porquê, com todo o amadorismo e com muita vontade de imitar ilusionistas, tente tirar coelhos da cartola, melhor dito, da tola, na esperança de que ajude ao espetáculo circense.

Realmente o espetáculo promete e à volta do circo já se nota aquela agitação própria de quem não quer perder pitada dos artistas, de todos os artistas, do palhaço rico ao palhaço pobre, que vão fazer entrar massas.

Massas, que vão encher cofres, mesmo os que já estão cheios, porque os vazios, não vão passar disso mesmo: cofres vazios. E rotos. Para sempre. Ao lado de cofres que alguém encheu, mas que depressa virá limpá-los.

Sim, porque os cofres cheios, também se limpam. Normalmente, por quem se orgulha de os ter enchido. Não interessa agora saber como se limpam, tal como não interessa saber como se encheram. O circo o dirá.

Ainda cá fora, os portugueses, quase todos os portugueses, já pagaram bilhete. Uma exorbitância. Por enquanto ainda só viram leões e camelos. A comer muito e bem. Quando o circo fechar portas, se verá a cara deles.

23 Mar, 2015

QUE COGNOMES! ...

 

O país está bem entregue, apesar de ter os cofres cheios de reservas, ‘reservadas’ aos pagamentos à troica. Quase que se poderia dizer que já não há semana que não venha aí mais um PEC, pedido especial de crédito.

E a acumulação de juros sempre a subir. E a banca rota, com a dívida a subir, volta a estar dependente destes malditos PEC’s. Ainda há dinheiro para salários e pensões. Sim, enquanto houver quem encha estes potes.

Não sei se é por isso que Jerónimo de Sousa disse que Passos é um trapaceiro. Também não sei se ele tem razão ou não. Sei que ele sabe mais que eu. E é insuspeito, pois foi o bom amigo nas horas decisivas.

Mas Jerónimo não se ficou pela trapaça. Com o vigor que se lhe conhece, disse que Passos foi o pior primeiro-ministro de sempre. Não é por nada, mas isto deve sossegar, ou pelo menos acalmar, grandes entusiasmos.

Já sei que vão dizer que o que diz Jerónimo não se escreve. Mas já se escreveu, pois eu não o ouvi: li-o. Portanto, no mínimo, isto pode servir de campainhas de alarme, como aquelas que tocam no fisco de Paulo Núncio.

Paulo Núncio que é, zero, no entender do conceituado, escutado, transcrito e muito citado comentador laranja. Espero que não lhe tenha dado qualquer coisa má, para cognominar assim um governante. Zero? ...

Toda a gente sabe que Marcelo é um especialista a dar notas. E para se dar uma nota zero, é preciso tratar-se de uma nulidade total. Daí a dizer-se que este governo é, zero, vai apenas uma questão de interpretação.

Temos aqui, portanto, dois cognomes atribuídos por dois responsáveis VIP’s: um potencial candidato a PM e um quase eleito PR. E os dois cognomes são para dois ainda mais VIP’s governantes: trapaceiro e zero.

 

22 Mar, 2015

MARTELADAS

 

Só nos faltava mais esta. Passos a dar e a receber marteladas, (dá na cabeça dos portugueses e recebe na cabeça dele), e vem agora dizer que o BES foi uma martelada que nos caiu em cima da cabeça. Essa agora…

Esta eterna visão de que tem de se falar sempre no plural, quando se quer meter outros nas cabeçadas próprias, um dia tem que acabar. Então um primeiro-ministro não serve para assumir a responsabilidade do que faz?

Marteladas, cabeçadas, aldrabadas e outras que tais, em tudo o que toca ao país, toca ao chefe do governo. Lá que Maria Luís não tenha nada a ver com finanças e fisco, a gente compreende, pois isso é lá com Passos.

Mas se ele diz que não é com ele, então é comigo? Está muito bem, eu aceito, com a condição de me entregar as chaves dos cofres cheios. No tempo de Ferreira Leite não era assim. Mas tudo muda, ela é que não.

As coisas estão a mudar tanto que, José Tribolet entende que começa a estar em causa a soberania do país, devido ao ‘regabofe’ que vai nos serviços informáticos do estado. Ora, esse regabofe contamina tudo.

Logo, é a própria democracia que está em causa, pois o regabofe coloca nas mãos de quem dirige, o poder discricionário de ir remendando tudo o que esfarrapou, sem a menor preocupação do que pode e não deve fazer.

O povo diz que tudo muda. Portanto, as moscas também devem mudar. Têm que mudar. Para que o resto mude também. Por mais que aqueles que andam com a mosca se esforcem por picar, sem aceitar ser picados.

Este tem de ser um país com leis e regras iguais para todos. Onde não haja marteladas nem marretadas no que quer que seja. Martelos nas cabeças, só dos pregos. Marretadas, só entre marretas. Que ainda por aí há muitos.

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