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afonsonunes

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18 Abr, 2015

DINHEIRO E VERGONHA

 

Acontece a muitos, talvez milhões de portugueses, que não têm dinheiro para pagar a comida essencial à família, bem como para outras despesas que já não pagam há muito tempo. Isso parece agradar a muita gente.

Mas os portugueses estão revoltadíssimos é com o facto de o PS não ter dinheiro para pagar a água e a luz das suas sedes. Se o PS for para o governo vai obrigar a fechar a água e a luz nas sedes de todos os partidos.

Apetecia-me dizer: Bem-feita! Sim, porque, ou há moralidade ou comem todos. Que é como quem diz: Que todos passem sem luz e sem água. O país já está às escuras e a morrer de sede, há quatro anos. Não é só o PS.

Só não compreendo, e fico muito triste com isso, qual o motivo pelo qual vejo sedes do PSD que já não são casas mas autênticos pardieiros em risco de ruir. Até podia citar uma distrital. Mas parece mal. Deve ser das rendas.

Quanto a dívidas, essa até me dá vontade de rir. Se o PS deve onze milhões aos bancos, alguns ilustres do PSD já levaram de lá, tudo indica que sem retorno, várias vezes onze milhões. Fora o que deverá o PSD.

Se o PS é incapaz de governar o país, por haver quem não paga a luz e a água, essa é boa. É que esses devedores não chegarão a ministros, muito menos a primeiro-ministro. Mas Passos chegou e não pagou o que devia.

Na verdade, falta de dinheiro há aí por todo o lado. Exceção feita a uma classe bem identificada de impunes. Mas, o que falta a estes é vergonha, mesmo tendo dinheiro a rodos. Portanto, nada de novo, por enquanto.

Sem querer ir mais longe, direi apenas que notícias dessas mostram bem, a baixeza a que isto chegou. Pode mesmo dizer-se que a vigarice já virou seriedade. Agora só falta saber se em Outubro esse reviralho se mantém.

17 Abr, 2015

SARNOSOS

 

Começo por um tema velho, como velhos são os defensores de um certo puritanismo que ainda domina dentro da Igreja, apesar das novas ideias do novo Papa. E o aborto é realmente um tema velho para muitos velhos.

Como sempre, a campanha eleitoral, mesmo no seio da Igreja, não pode passar sem ressuscitar velharias. Tal como lançar a confusão com frases como, não se podem passar cheques em branco. Sem dizer a quem. Eu sei.

Mas nada diz sobre a ladroagem que anda por aí. Talvez roubar já não seja pecado como dantes. Talvez deixar crescer a miséria para dar trabalho e dinheiro a instituições que se cobram muito bem, pelo pouco que fazem.

Há uma nova versão do ministro exemplar que se demitiu por ter tido a coragem de assumir responsabilidades. Miguel Macedo, afinal, parece não passar de mais um, dos muitos que ainda andam cá fora a respirar ar puro.

Mais uma vez Passos está disponível para pôr a corda na garganta de Costa. Um náufrago deita mão de tudo o que pode agarrar. Nem que seja a mão do diabo. A sobrevivência é terrível. Até se compromete a alma.  

O último conselho de ministros não foi capaz de vencer o álcool e o tabaco. Dois poderosos cancros da saúde. Mas, os viciados do governo, não conseguiram entender-se. Fumar e beber matam. Mas os negócios…

Ferreira Leite é a ovelha negra do partido. Partido e repartido. Ela indigna-se. Maria Luís ri. Ri muito, sempre que vê uma câmara na frente. Que contraste entre laranjas. Contraste entre uma ovelha negra e uma branca.

Não podia deixar de alertar, principalmente os que não me leem, de uma epidemia de sarna que anda no ar. Portanto, eu considero-me o anti vírus que se destina a acabar com ela ou minimizar os seus efeitos perniciosos.

Finalmente, a festa das sondagens do Expresso. Todos os meses o PS desce e o PSD sobe. Uma festa. Esquisito mesmo é que o PSD esteja onze degraus abaixo do PS. E o melhor da festa vai para Passos e Cavaco.

16 Abr, 2015

MINORIA ABSOLUTA

 

Desde tempos imemoriais que existem amos e servos, que é como quem diz, os que mandam e os que obedecem. Se foi sempre assim, assim vai continuar a ser, pois nem pode deixar de ser, numa sociedade organizada.

Já a existência de pessoas que são ao mesmo tempo amos e servos em reciprocidade, não é coisa muito comum. Num dia o Silva manda no Coelho, no outro dia o Coelho manda no Silva. Ambos, sempre às ordens.

Para estas pessoas a vida não deve ser nada fácil. Quando falamos de cidadãos vulgares, as coisas até são normais, pois há feitios para todos os gostos. Mas, daí não vem mal ao mundo. Eles mandam só um no outro.

Agora, se isso se passasse ao nível mais elevado do estado, seria um problema de todo o tamanho. Eu imagino o que seria se Passos, ousasse mandar em Cavaco. Cavaco diria a Passos que mandasse lá em S. Bento.

Consta por aí que Cavaco está à espera do 25 de Abril para reafirmar que o país necessita de um consenso do PS com o PSD. Repito, consta. Mas também consta que Passos quer maioria absoluta, pois quer governar só.

Seria legítimo e natural querer só isso. Mas também terá garantido que não aceitará governar com o PS. Eis o problema. Ou Cavaco altera o discurso já anunciado, ou Passos, no mínimo, retira o PS do que disse.

Porque, no caso de o país e o destino oferecer a Passos uma minoria absoluta, esta coisa dos amos que tão depressa são senhores, como servos, vai deixar alguém entre dar ordens boas e receber ordens más.

É evidente que isto não será o fim do mundo. Cavaco mandará de segunda a sexta e Passos nos sábados e domingos. Coisas das suas profissões. Que nada têm a ver com Juan Pablo Escobar: A minha profissão é ser bandido.

15 Abr, 2015

CAMBALHOTAS

 

Cambalhotas, golpes de rins e piruetas, são acrobacias que conferem notoriedade a muitos artistas. Mas dar uma cambalhota monumental tem um gozo incomparável. Sem sacrificar o físico, então, é mesmo o máximo.

Temos por cá ‘cambalhoteiros’ que bem podiam preencher todo um programa de circo. Mas o circo deles é circunscrito à cadeira onde passam os dias sentados. E as cambalhotas são dadas, muitas vezes, via telefone.

No entanto, isso nada tem de interessante, nem constitui novidade por aí além. Até os nossos artistas, os nossos amados FMI’s juniores, até ontem, eram idolatrados pelos seus tutores e nossos odiados FMI’s seniores.  

Tudo porque enquanto os FMIzinhos tiveram capacidade para ir ao bolso da rapaziada sem lhe tirar as medidas, foram extraordinários. Agora que é preciso inventar outras maneiras de fazer o mesmo, já não prestam.

Já não prestam para encher as medidas dos FMIzões. Sim, porque eles só gostam de receber pelas medidas grandes. E por cá, já está tudo pequeno. Vai daí, a grande cambalhota do FMI. O que era ótimo, agora já é péssimo.

Porque já chegou à conclusão de que estes filhotes, não conseguem ir além do saca-saca, por causa das ocas cabecinhas. E assim, o FMI está prestes a perder a cabeça pois, assim, não há pilim para pagar as visitas.

Entretanto, conversas daqui, conversas dali, tão depressa se descobre que o bom, afinal não é assim tão bom, como se conclui que o mau, pode não vir a ser assim tão mau. Perante o turvo horizonte, que venha uma aberta.

Se calhar até já o FMI está desejoso que chegue o próximo mês de outubro, na esperança de que venha aí uma útil cambalhota, daquelas que eles não adoravam ver. Mas, depois da sua, que venha de lá mais uma.

14 Abr, 2015

No país de Pedro

 

O país de Pedro é o reino dos prós e contras, onde os prós têm prioridade em tudo. A começar pela prioridade na ocupação de todos os lugares públicos, com ou sem dinheirinho à mão de colher. Com ou sem concurso.

Os contras, além de não terem prioridade, ainda esbarram com o sinal de sentido proibido nos acessos mais diversos. Até nas falências, imagine-se. As dos prós são pagas pelos bancos. Nas dos contras, nada para ninguém.

Claro que no país de Pedro, é o Pedro quem manda e determina. E ele mandou que a Tecnoforma abrisse falência e ela faliu. Três anos depois. Quanto ao país dele, talvez se salve. Mas, só se for ao fim de quatro anos.

O mais difícil desta questão, é saber se o país se salva sem ele ou, nem ele, nem mais ninguém, consegue salvar-se num país falido. É enigma deste debate prós e contras, que teima em nos mostrar mais contras que prós.

O que nos consola sobremaneira, são as ‘buchas’ que entram a todo o momento no debate. Claro que até essas, vão sempre em socorro do Pedro deste país. São as buchas pró prós e, obviamente, contra os contras.

O programa Prós e Contras de ontem na RTP teve uma novidade singular. Houve equilíbrio nas personalidades escolhidas para os dois lados. Apenas com o habitual desequilíbrio das buchas. Mas aquele final, correu mal.

Por vezes, tanto se quer salvar o Pedro e o seu país, que até do seu país vem a surpresa. Quando se quis, como habitualmente, encerrar com um louvaminhas, esse pró desatou a falar como se tivesse mudado de lado.

A assistência soltou uma gargalhada geral. A ‘bucheira’ também teve o seu desabafo de surpresa. Uma surpresa tão surpreendente, como as buchas a despropósito metidas em todo o debate. Vai tudo bem no país de Pedro.

 

 

13 Abr, 2015

Indefinições

 

Tem-se falado muito nas indefinições de Costa. Mas ele é, de longe, o homem mais predefinido da nossa praça política. Com ele tudo tem de ser pão-pão, queijo-queijo. Não pode haver ‘timings’ para nada. Tudo dito, já.

Portanto, Costa tem de dizer já, se vai ou não ganhar as eleições. Sem rodeios de espécie alguma. Tem de dizer mesmo, já, se sim ou não. E se ganha com maioria absoluta, ou não. E dizer já, quem é o próximo PR.

Se Passos e Portas fossem o foco das suas polémicas, imagine-se onde é que eles já estavam. Tem-se falado muito de quem anda ao colo e de quem. Mas podia falar-se de quem anda metido sob as saias das mães.

Portas diz que não sabe se vai governar ou não. Mas ainda ninguém lhe perguntou nada. É evidente que ele já sabe, mas não quer dizer. E ninguém o chateia para se definir. É o único que só fala quando quer.

Passos já sabe que vai perder as eleições. Está clarinho, na palma da mão. Mas ele não confirma de vez, essa evidência. Logo, também não diz o que vai fazer depois de Outubro. E devia dizer já. Senão é mais um indefinido.

Jerónimo de Sousa então, é o mais definido de todos eles. Já sabe que vai ganhar as eleições e não se coíbe de o dizer com toda a clareza. E vai ter a presidência da sua república privativa. É assim. Sem papas na língua.

O rodopio mediático, não é exclusivo das presidenciais. É um nervosismo que já se sente em todos os ministros. Do primeiro ao último. Que afeta paizinhos, mãezinhas, tios, tias, primos, primas, e até os amigos e amigas.

Como são todos crentes muito convictos, um dia terão de confessar os seus pecados. Portanto, fariam bem em redobrar já as idas à missa. Antes de começar a bater com a mão no peito. O perdão vai ser muito difícil.

Está provado que o país anda mesmo indefinido. Até parece aquele tempo em que os miúdos brincavam às escondidas. Aliás, muitos crescidos ainda brincam, só que ficam tão bem escondidos que ninguém sabe deles.

Mas, se o país anda indefinido o seu presidente está mais que definido. Ele sabe tudo e já escreveu tudo. Até já leu tudo o que escreveu e sabe-o de cor. Parte do princípio que o país também leu. Daí que esteja calado.

 

 

12 Abr, 2015

FRENESIM

 

Jerónimo de Sousa tem razão quando diz que anda por aí um frenesim, quanto aos candidatos para as presidenciais. Mas, mais que o frenesim, anda por aí muita necessidade de não falar das legislativas e do governo.

Principalmente, é indispensável que se não fale de Passos e de Portas, os que estão com grandes dificuldades de justificar o que está à vista de toda a gente. E os que mais são escondidos, para que mais se procurem outros.

E ainda, os que mais têm para esconder. Toda a gente sabe já o quê. Portanto, toca a falar de Costa. Não para dizer o que ele diz com razão, mas para desdenhar, e até ridicularizar, aquilo que não gostam de ouvir.

Claro que as presidenciais são um bom escape. Divisões, traições, convulsões, de tudo isso há dentro do PS de Costa. Se Costa dissesse que apoiava Guterres, logo viria o chorrilho da fuga e do antigo pântano.

Se Costa aparece com Nóvoa, aí vem o chorrilho do desdém por alguém que pode causar dano aos muitos que se desunham na direita, sem que nenhum tenha a coragem de dar o primeiro passo. Mas não há frenesim.

É óbvio que não haverá muito senso em algumas figuras do PS que se pronunciam em termos que só a eles deve responsabilizar. Mas eles não são o PS, como se pretende fazer crer. Não serão eles a destruir Costa.

 

11 Abr, 2015

UM BADANAL

 

Vi uma boa parte dos episódios da série televisiva brasileira ‘Pantanal’. Já nem sei há quanto tempo isso foi, mas foi há muitos anos. Não sei porquê, mas toda aquela natureza bruta me tocou cá dentro direi mesmo até hoje.

Ainda me lembro da Juma, aquela moça que era uma força de mulher no meio da selva e dos pântanos. Ainda lembro homens, feras, cobras e bois. Tudo em grande. Mundo terrível, aquele, onde a hostilidade dominava.

Um dia, muito mais tarde, fiz uma certa confusão entre pantanal e badanal. Mas, logo vi, que eram palavras muito diferentes. Que não tinham nada a ver uma com a outra. Por pouco tempo. Bastou pensar.

Afinal, a diferença estava entre, pantanal, o pântano e o badanal, a confusão. A diferença não é assim tão evidente entre um pântano e uma confusão. Entre um pantanal e um badanal. Isto deu-me volta ao miolo.

Daí a começar a pensar no pântano e na confusão que via no país, foi obra de pouco tempo. Aí começou uma longa história em que o meu tino voava entre anjinhos e vigaristas. Entre gente simples e serpentes devoradoras.

A verdade é que o mundo, mas especialmente o país, se transformaram tanto, quanto se podia comparar um campo semeado de trigo pronto a ceifar, e esse mesmo campo depois de ali ser travada uma batalha campal.

Muita paz e muita guerra se debateram no meu espírito durante anos e anos. Comparei tempos idos e tempos de então, em contexto de épocas diferentes, atitudes e comportamentos de pessoas e as suas evoluções.

Um dia encontrei uma quadra no meio de muitos papéis. Não sei quem a escreveu, nem a que propósito a escreveu. Ao lê-la, senti-me perdido na selva. Com o espírito envolto numa enorme confusão. Num badanal.

Já vi um dito poeta

No sítio do sabugal

Usar conversa da treta

Para ter um badanal

 

10 Abr, 2015

A VIDA É UMA...

 

Efetivamente, a vida é sempre qualquer coisa para qualquer pessoa. Mas a coisa e a pessoa variam muito entre si. Há tantas palavras passíveis de completar o título acima. Umas que podem ver-se, outras que não devem.

A última que de certo modo me impressionou foi do cineasta Manoel de Oliveira. Disse ele que a vida é uma derrota. Realmente, a morte derrota-nos a todos. Antes disso, a vida castiga os mais fracos. Até com a morte.

A vida também é uma vitória. Isso acontece sempre que se consegue conciliar o que nos ordena a consciência, com aquilo a que nos obriga quem manda. E maior é vitória, ao conseguir parar os nossos castigadores.

A vida é um monte de esterco, para não dizer uma palavra ainda mais suja. Se acreditarmos nas descobertas e confissões de Paulo Morais, as cadeias deviam despejar-se, para meter lá, todos os que lá deviam estar.

A vida é uma gaita. Gaita que todos têm, mas que poucos sabem tocar. Logo, a gaita não lhes serve para nada. Também lhe chamam pífaro. Com tantos buracos pequenos e apenas um buraco grande para se soprar.

A vida é um sonho para este governo que jurou a si próprio que não acordaria. Sim, porque sempre foi um governo de andar a dormir, sonhando. Bem melhor teria sido se tivesse sonhado, mas acordado.

A vida é um pesadelo para tantos portugueses que já não conseguem dormir. Não é fácil adormecer com um rol de obrigações impossíveis sobre a cabeça. Depois da fome e da rua, a cadeia é uma ameaça permanente.

A vida não é uma regurgitação. Bastaria que Pedro Passos Coelho no-lo dissesse, como o fez hoje perante o homólogo francês. Que não vale a pena estar sempre a regurgitar o que foi feito. Não tem feito mais nada.

 

09 Abr, 2015

EXPERIÊNCIA

 

Ter ou não ter experiência para desempenhar determinadas funções, eis a questão. Agora, a propósito das próximas presidenciais, tem-se assistido a uma discussão interessante. Mas, sobretudo, a um mar de contradições.

Começam a desenhar-se as mais variadas hipóteses de candidaturas. Os que não interessam, não têm experiência política. Talvez para os mesmos que não se têm cansado de culpar os políticos experientes de erros fatais.

Com alguma razão, critica-se a continuada inevitabilidade de, os cargos de altas responsabilidades serem sempre, desde sempre, ocupados pelos mesmos protagonistas. Saídos, invariavelmente, dos mesmos partidos.

Partidos e políticos aos quais se atribui a responsabilidade, e a culpa, pelo atual estado do país. Logicamente, tem-se falado e escrito muito, sobre a necessidade de mudar tudo, mas mudar com gente não comprometida.

Ora, aqui é que está, parece-me evidente, um grande erro de análise. Se o que temos tido, não só não serve o país, como o tem conduzido para o caos do presente, então essas experientes pessoas devem ficar de fora.

Mas, não ir atrás daqueles que pensam que só há um responsável, seja ele pessoa ou partido. Esse erro é mais fruto de má-fé, que falta de inteligência ou de experiência analítica. Eu diria que é estupidez natural.

Temos em funções, um dos mais ‘experientes’ políticos da era da democracia. O mais alto responsável que ocupou cargos de topo durante mais tempo. No entanto, é hoje o mais contestado de todos os tempos.

São muitos os políticos de todos os governos que não se livraram da fama de se terem governado a si próprios. Pelos vistos, essa experiência não é a que interessa para a renovação do país. Embora interesse a alguns. Óbvio.

A experiência política, a todos os níveis da administração, quando exercida durante longos anos, só se tem revelado, quase sempre, um amontoar de vícios e interesses que criam castas de beneficiários de difícil de extinção.

A entrada de gente limpa será, em princípio, a melhor garantia de isenção. Sobretudo na escolha de pessoas que vão decidir quase tudo. Porque a administração pública tem de ser limpa da base até ao topo da pirâmide.

A este nível de candidatos a eleições, o que é imprescindível é o seu passado descomprometido de ligações curvilíneas. É o seu caráter não dominado pelo vil metal. É o seu sentido de justiça social. É ser culto.

Agora reparo que me esqueci de lhe juntar, ser inteligente. Mas, foi de propósito. Inteligentes, todos são. Alguns até demais. Portanto, deixemos estes com os experientes. E que todos obtenham já uma ótima reforma.