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afonsonunes

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31 Jul, 2015

AGOSTO E A GOSTO

 

Agosto é o mês de férias de quem vai poder tê-las. Que, segundo os meus cálculos não certificados, nem por verdadeiros, nem por mentirosos, não serão mais que uma minoria da totalidade de portugas que as queriam.

Portanto, a partir de amanhã não adianta andar a fazer perguntas ou a divulgar respostas, porque ninguém abalizado as certificará. Até porque, normalmente, quem se dedica a essas coisas úteis, também vai de férias.

Vamos supor que hoje, dia trinta e um de julho, deixava aqui esta pergunta: quem terá razão? É óbvio que, logo à partida, quem não tem razão sou eu. Então, admite-se lá que não saiba quem a tem, ou não tem?

Só por isso a pergunta é estúpida, quase tanto como eu. Depois, em vésperas de, os prováveis respondentes irem de férias, não se fazem perguntas que, no regresso, já ninguém se lembra de coisas tão tontas.

Na verdade, perguntar pela razão, é mesmo de quem julga que a dita, é uma coisa que se pega ou se larga quando mais convém. Quase sempre quem faz essas perguntas, faz logo uma digressão ao mundo do seu gosto.  

Gosto que, além de divagante, disfarçado e impreciso, pede respostas a condizer com a falta de coragem na afirmação clara da posição do perguntador. Só para não permitir ser confrontado com posições opostas.  

Eu sei quem não tem razão. Tenho a certeza de que, quem vai de férias amanhã, não tem razão para perder tempo com perguntas feitas por quem não tem a certeza de nada, mas anda à procura de quem o ajude.

Este mês de agosto, já dá desgostos a muita gente que não faz perguntas e não tem o menor motivo para dar respostas sérias a perguntas parvas. Porque não vai de férias que possam aliviar-lhe a cabeça cheia de coisas.

Sinceramente, não sei mesmo o que vou fazer no mês de agosto. Sim, vou de férias, mas já não sei se as passarei a meu gosto, se a contra gosto. Pois, seria bom se eu pudesse decidir. Será que isso depende só de mim?

E lá estou eu a insistir na parvoíce. A menos que eu endereçasse esta pergunta a um tipo que também vai de férias em agosto. Penso que com a cabeça suficientemente cheia de parvoíces próprias. Piores que as minhas.

30 Jul, 2015

FUGITIVOS

 

Estive a espreitar umas pedaladas da Volta a Portugal em bicicleta e apercebi-me de algumas fugas abortadas. E isso, apenas isso, bastou para que me viessem à ideia as manigâncias que outras fugas estão a permitir.

Dentro dessas, os perigos de fuga são pau para toda a obra. Há os que nunca pensaram em fugir, os que sempre pensaram em fugir e os que deviam pensar em fugir. Três casos, três perigos, três quebra-cabeças.

De repentemente, logo me veio à ideia que Sócrates e Salgado nunca pensaram em fugir. O primeiro foi obrigado a fugir para Évora, o segundo foi obrigado a fugir para casa. Dois casos, três quebra-cabeças na justiça.

Na PGR, no DCIAP e no MP. Eu sei perfeitamente que são daquelas dores de cabeça, ou quebra-cabeças que, embora quebrando muita coisa que nunca mais se conserta, tem a vantagem de passar com uns comprimidos.

Depois, o meu pensamento poisou naqueles que sempre pensaram em fugir. Uns tiveram a sorte de ser bem aconselhados a fugir e fugiram mesmo. Outros, continuam à espera que os conselheiros os empurrem.

A seguir, temos os que já deviam estar a pensar em fugir, antes que fiquem impedidos de o fazer. Daqui a uns meses, podem já nem sequer concretizar para si, os conselhos que tanto recomendaram aos fugitivos.

E, se bem se pensar, devemos estar perante a iminência de uma outra onda de fugitivos. Quer-se dizer: de emigrantes. É mais fino. Os que constituem esta nova vaga, podem efetivamente ser emigrantes de luxo.

Portanto, se aqueles para quem estas fugas são um perigo, não entrarem nesse surto migratório, vão ter enormes quebra-cabeças. É que nem com comprimidos se safam. De perigos de fuga, passam a perigosos fugitivos.

Contudo, estes serão uma minoria de entre todos aqueles que, tendo sido conselheiros de fuga, vierem a sentir que o chão português lhes foge debaixo dos pés. É óbvio que nunca quererão ser Sócrates ou Salgado.

O mundo dá muitas voltas e os países dão muitas cambalhotas. Os grandes senhores das grandes, discutíveis ou indiscutíveis decisões, não fogem ao destino dos bons e maus julgamentos. E dos perigos de fuga.

 

29 Jul, 2015

O GOVERNO QUER...

 

Sim, o governo quer tanta coisa que os cidadãos não querem, que já nem adianta falar nisso. Aliás, aquilo que o governo mais quer, não diz que o quer. Quando a gente dá por isso, já o tem em cima. Sem tempo para piar.

Parece que há quem esteja convencido de que se pode sair deste sufoco. Será convicção de morto. Mas, na verdade há mortos que estão bem vivos e há vivos que já estão mortos há muito tempo. Alguns, de nascença.

Sobretudo porque a língua de certa espécie de gente, é como a língua de peixe. Só serve para lhe acelerar o fim. Porque os anzóis são traiçoeiros. Na língua, no beiço e até nos dedos, se não se tiver cuidado com eles.

Subitamente, as bocas e as línguas passaram para a ordem do dia. As bocas, de um modo geral são foleiras. São piadas de caserna de lateiros, para recruta engolir. Podiam ter já evoluído para a moderna marmita.

Depois, aquilo que o governo na verdade não quer, diz que o quer. É o caso de querer impor o uso de bicicleta e partilha de carros na função pública. Brincamos? A bicicleta é para quem, e as boleias são de quem?

Sempre ouvi dizer que os bons exemplos devem vir de cima. Ofereço-me desde já para dar e receber boleias de governantes. Mas aviso que o meu carro não é como o deles. Mas garanto que anda sempre muito limpinho.

No entanto, tenho algum receio em entrar nesse jogo. Posso ser confundido, involuntariamente, como sendo um desses ricos que agora são descobertos por investigação a olho. A minha riqueza não é dessas.

Pior ainda, era que me julgassem ministro. Do passado. E então estava mesmo lixado. Não escapava a ser logo arrecadado. Com os do presente não corria esse perigo. É para isso que eles usam a bandeirinha na lapela.

Quanto a isso, atrevo-me a lançar mais uma das minhas ideias lixadas. Essas bandeirinhas deviam ser obrigatórias para todos aqueles que são tão patriotas como eles. As condecorações não chegam a todos: bandeirinhas.

Aposto que o governo quer estar de acordo comigo. E, com a minha quase certeza, até quer estender a bandeirinha à lapela de todos os portugueses. Mas há aqui um ínfimo pormenor. Talvez alguns não a queiram usar.

28 Jul, 2015

ANIB/ALEX

 

Segundo me apercebi recentemente há um Conselho Superior da Magistratura e um Conselho Superior do Ministério Público. Mas, que eu saiba, ainda não há um Conselho Superior da Presidência da República.

Podia perguntar a mim próprio para que servem os que já existem e para que serviria aquele que poderia vir a ter alguma utilidade. Em qualquer dos três casos, bem poderia dizer-se que três sindicatos faziam o mesmo.

Toda a gente sabe que os sindicatos se estão lixando para muita coisa. Isto é, para tudo o que não permita defender com unhas e dentes os seus caros associados. Ou não fossem eles que pagam as imprescindíveis cotas.

Conselhos, associações, uniões, sindicatos, ou outros, podem estar recheados de belíssimos estatutos, nos sentidos mais construtivos para a comunidade. Mas se a comunidade for um estorvo, então adeus estorvo.

Este introito visa servir de porta para entrar nas estranhas, por pouco conhecidas, relações entre o Anib e o Alex. O Alex está protegido pelo seu órgão de classe. O Anib não tem órgão, embora tenha muitos apêndices.

Mas, o Anib tem, mas não usa, a prerrogativa de ser o regulador de todas aquelas organizações, incluindo, obviamente, a sua. Mas consta, porque parece, que é o Alex que regula todo o sistema, em vez de ser regulado.

No entanto, como o Alex é regulado, ou controlado, ou aconselhado, pelo seu conselho superior, o sistema fica inquinado, pois nem o Anib, nem o Alex, podem impor-se como exemplo de isenção exigida pelas funções.

Os resultados estão à vista. Quando faltam os bons exemplos, acabam por sobrepor-se os maus exemplos. Com a agravante de que até entre estes se verifica uma abissal diferença de tratamento por parte do Anib e do Alex.

27 Jul, 2015

TRÊS JARDINS

 

Juntaram-se os três, não à esquina, mas no Chão da Lagoa do outro jardim que é a ilha da Madeira. Com todos juntos, estavam reunidas todas as condições para a celebração de jogos florais, mais florais que o costume.

Alberto, Miguel e Pedro, juntos, como nunca o haviam estado. Alberto, agora só ouvinte, deve ter tremelicado muito ao ouvir Miguel e Pedro tentando superá-lo mas, muito longe de lhe chegarem aos calcanhares.

Até na poncha se notou a diferença entre eles. Em lugar do orgulho de outrora, a humildade de hoje. Talvez a poncha que dantes dava a genica da exigência de votos, dê agora lugar à moleza da humildade de os pedir.

Assim, os votantes devem agora ter muito orgulho de dar votos a quem humildemente diz que os merece mais que ninguém. Até já ouvi dizer que Pedro anda triste. Que já só conduz em contramão. Ou em marcha atrás.

Outros contrapõem que Pedro só se tornou tão humilde, porque caiu na insanidade. Agora, já deixou o slogan de que Portugal não é a Grécia. Mas descobriu uma pequena nuance para manter a ideia. É a humildade, claro.

Diz agora que Portugal, só não é a Grécia, porque ele, Pedro, o humilde e ao mesmo tempo o insano, evitou que tal acontecesse. Mais uma ideia genial, das muitas que vai tendo agora. Se é que não as roubou ao Paulo.

Três Jardins à beira mar plantados. Inebriados com a suavidade do sol da Madeira e com pujança e o calor da irresistível poncha. Três Jardins que vão dando aso à ideia de que Portugal está a ficar mais perto da Grécia.

E, se assim for, os três Jardins correm o risco de acabar em jardineiros. Que, com a crise, é natural que sejam poucos para a regular limpeza da ilha jardim. Em último recurso, que venham limpar para o continente.

A justificar essa ideia é ver como os portugueses estão a ficar cada vez mais gregos. É verdade que não comem TGV’s, até porque dos cinco, até o único se sumiu. Mas já só come coelho de contramão nas autoestradas.  

Triste Coelho e triste destino, o deste país. Realmente, com ele, chegou a este ponto em que não se comem autoestradas. Pois nelas, já só circulam os bólides do sorteio que levam o dinheiro que devia comprar comida.

Pelo contrário, são os que já comem muito pouco, que têm de alimentar uma coelheira palaciana repleta de orelhudos insaciáveis, que sobe quando devia descer, e desce quando devia subir. Sempre em contramão.

26 Jul, 2015

PROJETORES

 

O político português que mais se bate pela presença frente às luzes dos projetores é, sem dúvida, Paulo Portas. Mas não gosta de os enfrentar com os olhos postos neles. De fugida, de lado, com a mão a tapar a boca.

Mas sempre com ar sorridente e cara de pouca vergonha. Não é que ele tenha pouca ou muita. O ar é que é mesmo de pouca. Talvez seja culpa dos camaras, que não encontram modo de atinar com o melhor visual.

Nem seria preciso dizer que o seu visual é ótimo. E a sua dicção impecável. Sabe na perfeição que a asneira tem o sem momento de entrar em cena. Para ele não é asneira, é entrar com tudo, mesmo com o que não tem.

É um fervoroso adepto da dicção silábica. Tenho a impressão que, para ele, é uma forma de impressionar o auditório. E também, uma forma de falar mais tempo, dizendo menos, se tiver pouco ou nada para dizer.

Na verdade, Portas fala durante muito tempo quando apresenta projetos. É tudo em grande. Mas, chegada a hora de apresentar a sua realização, sobre o assunto, diz nada. Diz o povo que fica tudo em águas de bacalhau.

Agora, há quem diga que ele é um político azarado. Tem ideias que se farta, mas o país já se fartou de colher desilusões das suas ideias. Mas há uma que ele concretizou. Queria ser vice ou primeiro. Lá chegou a ser vice.

A grande tarefa que abraçou de alma e coração, foi a célebre reforma do estado. Na verdade nem ele próprio se reformou. Mas, mais uma vez, teve o azar de ter deixado em estado de sítio, tudo aquilo em que se meteu.

Tal como os companheiros e o chefe do governo, tem feito apenas a apologia das desgraças do passado. Esquecem as desgraças do presente. E esquecem o que prometeram, e falharam, deixando um país bem pior.

E agora, na hora da verdade, continuam a dar muito mais importância à luz dos projetores, que à luz da verdade em que deixam os seus falhados projetos. Até parece pensarem, sem o dizer: quem vier que feche a porta.

25 Jul, 2015

MARCO AGITA

 

É evidente que o PSD há muito tempo que anda ultra agitado. Agitado com Sócrates e agitado com Costa e com o PS. Não tem tido qualquer outra agitação de jeito até porque está protegido por um escudo invisível.

Lá de vez em quando aparecem umas campainhas de tareco, caso Tecnoforma, caso do Marco de Gaia, caso do Relvas e muitos outros, mas os tarecos são de imediato arrecadados. Nada que se compare a Sócrates.

Agora, Marco coordenador das listas para deputados, está, dizem, a agitar o PSD. Porque integra as listas, apesar do processo judicial que o envolve. Mas está incólume para a justiça e para o partido. Ele há processos!...

Porém, para o PSD isso são trocos. Catroga diria que são… outra coisa. Eu, que não sou de intrigas nem de minudências, vejo com muita naturalidade que o PSD se tenha transformado num mundo subterrâneo de escuridão.

Daí que, sendo essa característica a sua notoriedade, apareçam nas suas listas, os mais cotados nesse mundo. Claro que nem preciso de citar nomes, pois não há ninguém que os desconheça. Sobretudo os melhores.

Os melhores a cumprir o Programa Foral. Programa que devia ter o nome de Floral, tal como o programa eleitoral da coligação. Que é, Sócrates e mais Sócrates, agora mais sofisticadamente, devido aos telhados de vidro.

Gostava de saber fazer apenas uma continha de gastos/prejuízos. Passos na Tecnoforma, Oliveira e Costa, Dias Loureiro, Duarte Lima, Cavaco Silva e família e outros, no BPN, Relvas e outros do PSD/CDS nos seus governos.

Isto deve dar para aí muitos mil milhões que o estado teve de meter em saco roto. Agora compare-se isso com o que se diz que outros, os outros, retiraram do estado. Estas contas são só para gente séria. Sem batota.

Depois temos as contas da justiça. Um sucateiro que faz o seu negócio, leva dezassete anos de sombra. Um banqueiro que faliu um banco que levou o país à quase insolvência e clientes à ruina, está aí fora, ao sol.

É curial dizer que todos devemos confiar na justiça. Mas seria mais justo dizer que todos estamos obrigados a aceitar esta justiça. Pois, não temos a outra. E temos direito a ela. Mas hoje, os direitos já não são o que eram.

Resta agora saber se isto é para continuar ou se é para acabar. Se for para continuar, provavelmente, acabam com muita gente. Se for para acabar, é preciso acabar com muita gente. A começar por quem ainda não se agita.

24 Jul, 2015

PORCOS Á SOLTA

 

Como já era de esperar a campanha eleitoral, que já nem sequer é pré, está já ao nível de abaixo de Braga. A começar pelo primeiro-ministro, que devia ser o mais elevado. E continua na sua retaguarda de subterrâneos.

Nunca se tinha ouvido alguém falar de estado islâmico nas hostes inimigas. Um porco deputado talibã do PSD, não encontrei outros nomes, julgou estar a falar de si próprio e de companheiros seus, e descaiu-se.

Falava esse tipo abjeto do líder do PS e do PS, descarregando sobre eles um sem número de impropérios que nem um porco verdadeiro teria trampa suficiente para tanto. Não há termos melhores para o classificar.

Não adianta dizer que se deve ter uma linguagem moderada para com toda a gente. Principalmente, se entendermos que qualquer porco se considera no direito de grunhir na cara de gente que só fala como gente.

Realmente esta democracia de porcos, está já a cheirar muito mal. E sobretudo está a revelar-se demasiado porca na inversão da atribuição de porcarias. É assim como quem diz: eu faço-as e depois digo que são tuas.

Dá para pensar se o novo candidato a PR que ontem falava de Braga, não terá razão ao dizer: o que é que será pior - ter um ex-primeiro-ministro preso ou ter à solta o primeiro-ministro atual. Dúvida válida. Sem dúvida.

Agora está a verificar-se que a justiça portuguesa passa meses e anos à procura por todo o mundo de indícios para justificar os seus receios. Daí que seja a justiça estrangeira a investigar aquilo que a de cá rejeita fazer.

E, curiosamente, por cá, não só a justiça ignora, ou se curva perante o que está à vista dos cidadãos, como os boateiros preferem o sensacionalismo do desconhecido, aos factos reais que têm na frente da ponta do nariz.

Isso não obsta, porém a que haja cidadãos que já prevejam a existência de uma ‘célula’ com o número 45, algures, quem sabe, em Évora. É claro que 4+5=9, noves fora nada. Mas pode já estar em obras. Tem de ser um luxo.

Apesar de ser uma célula, tem de ser suficientemente ampla para acolher quase um regimento. Completamente equipado com tudo o que há de melhor. Talvez seja necessário acabar com a célula 44. Para dar espaço.

Haja o que houver, fique por lá quem ficar, uma coisa é certa. Não se caia na asneira de meter lá deputados com línguas de porco. Qualquer célula, da mais pobre à mais luxuosa, tem de ter mínimos de limpeza ambiental.

23 Jul, 2015

É SÓ UMA IDEIA

 

O árbitro Pedro Proença apresentou candidatura à liderança da Liga de Clubes.

Isto só quer dizer que, enquanto árbitro, ainda deixou umas contas em aberto.

Agora só falta escolher o presidente da Comissão de Arbitragem.

E a escolha vai recair em Bruno de Carvalho ou Pinto da Costa.

Luís Filipe Vieira vai aplaudir de pé, com uma grande vénia.

 

Vou tentar corrigir esta ideia de que o Pedro só tem uma perna curta. Se assim fosse, isso notava-se quando está de pé e, muito mais, quando caminha. Quando caminha para a frente, como quando o faz para trás.

Ora, ele pode ter muitos defeitos, mas uma perna maior que a outra não tem. Assim que se note mais, tem o nariz excecionalmente comprido. Há quem não note, mas isso deve-se apenas a uma deficiência visual grave.

Já há quem diga que o país nunca teve um importante com o nariz tão comprido. Talvez o Pedro se sinta bem com a diferença. Há diferenças que honram e dignificam. Essa, é daquelas que levam o narigudo à história.

Sempre ouvi dizer que a mentira tem a perna curta. Não sei se o Pedro tem alguma coisa a ver com isso. Na verdade, ele tem a perna curta, mas daí a ter alguma coisa a ver com o nariz, vai o comprimento do dito.

Pelos vistos, nem o nariz, nem a perna curta, lhe prejudicam a imagem de rei da peta. E, ao que me parece, até há quem goste do Pedro assim. É que, se não fosse assim, o Pedro não era rei da peta. Mas, sem dúvida, é.

Mesmo tendo muito próximo de si o incorrigível vice-rei da peta. Mas, hierarquia é coisa que não deve permitir confusões. Rei é rei e vice-rei está um pouquinho mais abaixo. Acima de ambos, só o patrono da peta.

Realmente, só ainda não se percebeu o motivo de tanta peta, ainda não ter posto o país em alvoroço. Até dá a impressão que hoje em dia, os mentirosos e os narigudos, já conseguem fazer dos defeitos, virtudes.

A mentira tem a perna curta. E ela nem vai longe sem que seja desde logo detetada. Mas os tipos de perna curta, dá a impressão de que vão tão longe, que ninguém consegue apanhá-los. Mesmo sem meter cunhas.

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