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afonsonunes

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31 Jan, 2016

Um manguito

 

‘Queres fiado, toma!...’ Isto é a expressão de um manguito muito vulgar, para aqueles que julgam que podem ter tudo o que lhes apetece, ainda que a fatura venha depois para quem nada teve a ver com desejos alheios.

Mas, uma coisa é quando se trata de um manguito pessoa a pessoa, outra coisa bem diferente é quando se trata de um manguito dos cidadãos, ou de um país, a quem se sente no direito de humilhar só por ter dinheiro.

Mas muito pior ainda, são os defensores de que um povo, um país, não tem o direito de fazer um manguito de protesto, pela sujeição a uma ditadura que não conduz a nada, nem garante que se paguem as dívidas.

É isto que está em cima da mesa, hoje, neste país ultra endividado. Há um governo que quer pagar o que o país deve. Repito, quer pagar. Mas há quem defenda que o país continue a enterrar-se como o fez até agora.

Ora, até agora, tudo tem vindo a piorar. Lógico que, para se pagar o que se deve, algo tem de mudar. Mas há quem venha com manguitos para as mudanças que, sem elas, o rumo do país só pode ser o agravamento.

E então, não se pode fazer um manguito a quem nos empresta cada vez mais dinheiro, porque lhe convém ter esse dinheiro a render. E vai daí, termos de fazer o manguito a quem quer garantir o devido pagamento.

Obviamente que para pagar as dívidas e entrar numa rota de crescimento o dinheiro tem de vir de algum lado. Que só pode vir do bolso dos contribuintes. O problema é selecionar o bolso de que contribuintes.    

É tão simples quanto isso. E daí os manguitos que andam por aí agora. Feitos precisamente por aqueles que mais temem que se troquem os bolsos que até aqui têm suportado todos os desvarios de obediências.

Sim, temos de obedecer a muita coisa. Mas não temos de obedecer cegamente. Pagar, sim, mas de modo que possamos pagar. Ninguém nos pode obrigar a aceitar o modo de pagar, ficando a dever cada vez mais.

Então, que fique bem claro que quem mais merece um manguito de todo o tamanho, são todos aqueles que durante quatro anos tudo fizeram para que se devesse cada vez mais, sem pagarem um único cêntimo da dívida.

30 Jan, 2016

O melhor…

 

Pobre de quem diz que é o melhor. Será o melhor, sim, mas apenas em termos de remuneração, coisa que se deve apenas ao facto de ter ganho umas coisitas, do muito que devia ter ganho. E perdeu estupidamente.

Por outro lado, só pode ter essas tontas presunções, porque esteve ao serviço de quem, mesmo perdendo muito, é realmente grande no país e no estrangeiro. Nos médios ou nos pequenos, não passaria de um anão.

Claro que quem se veste com números acima do seu tamanho real, acaba sempre por deixar ver a sua pequenez, perante os chumaços que coloca no fato para parecer grande. Mas a grandeza mede-se só pelo interior.

Tenho estado a pensar em futebolês. É que as águas têm andado tão agitadas nos clubes que bem me parece que andam por ali gigantes com chumaços a mais, e corpo a menos. E de cabeças mesmo muito atrofiadas.

Passando para o meio político, passa-se mais ou menos a mesma coisa. Portas vai a Bruxelas falar com o presidente da UE sobre Portugal e a Europa. É curioso para quem está de saída. E para quem ainda nada fez cá.  

Cá para mim, só há dois assuntos que podem interessar o presidente. O arquivamento do processo dos submarinos ou um pedido formal para que lhe seja concedido um cargo assim tipo, Vítor Gaspar ou Carlos Moedas.

Pois, se estes dois os mereceram, por que razão, um vice tão eficiente não havia de merecer. Tanto mais agora, que já não faz cá falta nenhuma. Mas faz na Europa, tão necessitada de uma reforma tão boa como a do estado.

Submarinos e reforma do estado. O primeiro caso porque deixou de o ser e o segundo caso porque nunca o foi. Portanto, sem casos, aí está um bom, talvez até um ótimo colaborador para dizer lá, o que cá já não pega.

Depois de se instalar por lá definitivamente, não lhe deve ser difícil arranjar um emprego digno para a sua dileta companheira de governo. Se Vítor Gaspar arranjou, a sua sucessora também vai conseguir. Ela merece.

Ela se encarregará depois de chamar o seu chefe de governo e de partido. Aquilo dá para todos. Estou mesmo a ver que Passos se lembrará de Cavaco. Quando todos estiverem na Europa, Portugal será bem tratado.

Não é só no futebol e na política que Portugal dá à Europa e ao mundo, os melhores dos seus cidadãos. Por exemplo, a Sara Sampaio (boa com’ó milho!) e a Mariza com o Melhor de Mim. E a Maria que vai com as outras.

 

Segundo li na imprensa que relata o que se passou hoje de manhã no Parlamento, Costa terá chamado primeiro-ministro a Passos Coelho. É perfeitamente aceitável e compreensível. É difícil esquecê-lo como tal.

A dupla Passos/Portas vai ficar na memória de muita gente como dois criadores de pobreza e miséria que vai levar muito tempo a esquecer. Só é estranho que quem tanto se arrepiou com eles, queira trazê-los de volta.

Há uma onda de indignação que varre o país e Bruxelas, baseada em dúvidas de toda a espécie. Esta das dúvidas faz-me lembrar os indícios de uma certa justiça. Em lugar de indícios e dúvidas, venham de lá provas.

É que as dúvidas geram receios. E quem tem receios tem medo. Imagine-se, pois, um país pendurado em medos do que pode vir aí, esquecendo completamente o que já veio. Arriscar viver é melhor que aceitar a morte.

Sobretudo quando as dúvidas são levantadas por quem tanto mentiu para que outras instâncias aceitassem essas dúvidas, criassem esses receios, permitindo-se agora meter medo e ameaçar quem só pretende esclarecer.

Começa a verificar-se que Costa não é Passos, e Portas muito menos. Um e o outro estão agora onde de nunca deviam ter saído. Certamente que o país seria outro sem eles. Se um já se foi, o outro já devia ir a caminho.

É óbvio que todas as dúvidas, receios e medos se fundamentam no futuro que já anteveem para as suas vidinhas e para as dos seus eternos protetores que se sentam superiormente instalados, bem acima do poder.

Sem sombra de dúvida que Costa não tem a vida fácil, nem há certezas de que superará as dificultadas. Embora os receios não estejam nele, mas nos seus acompanhantes rumo ao tempo novo. Esta coisa tão aterradora.

Mas o país não está só nesta tentativa de libertação. Portugal, sem Filipes, sempre foi independente. Apesar do ‘libertador’ Portas ter anunciado há tempos a recuperação da nossa independência. Que se viu agora como.

Esse ´libertador’ bem pode orgulhar-se agora do país que ajudou a afundar e do partido que não passa da ‘fezada’ que prometeu, mais uma vez, libertar tudo o que prendeu. Eles são Portugal e os seus ‘valentões’.

28 Jan, 2016

Bom apetite!

 

Olá presidente amigo, tenho muita pena de não poder estar consigo nos almoços de aproximação à posse. Não porque não gostasse, mas porque não sou convidado para tão importante seleção de assuntos de estado.

É evidente que o meu interesse era simplesmente a apreciação do menu. Adoro comer bem. Consigo à mesa, não me sentiria defraudado como em tantos restaurantes. Já para não falar das barretadas que apanho em casa.

Para além disso, os assuntos de estado também mereceriam a minha especial atenção, ou não fosse eu um inconformado bisbilhoteiro. E se há assuntos que me fascinam… Que talvez nem sejam abordados sem mim.

Começo pela questão da Portaria do Palácio. Constou-me que se passou ali um autêntico aborto documental. Então seria de toda a conveniência que o porteiro desse imediato seguimento a tudo o que ali chega. No dia.

A presidência terá carros de toda a espécie, mas talvez não estejam bem aproveitados. Há que estabelecer regras de utilização rigorosas. Um Ferrari, não pode ser confundido com um Fiat ou com um carro vassoura.

Tem-se falado muito em caça à multa. Os agentes da autoridade preferem fazer sensibilização em lugar de passar multas. Convinha esclarecê-los que talvez haja gente mais vocacionada para isso. Logo, toca a substituí-los.

A grande questão nacional é agora o OE e as diferenças de visão do governo e da UE. Quanto a essas, eles que se entendam. Mas, quanto a mim, se estou afogado, prefiro correr um risco qualquer, a ir para o fundo.

Temos pela frente uma escolha muito difícil. As normais famílias portuguesas, ao que parece, querem Costa e o seu governo. As maiores empresas não querem Costa. Parece que preferem o assalto às famílias.

Por famílias normais entendo todas aquelas que foram vítimas dos últimos anos. Famílias anormais são aquelas que engordaram nos últimos anos. Empresas anormais são todas as que vivem só do que recebem do estado.

Para lembrar estas e outras coisas, gostaria de ter estado no tal almoço em Belém. Paciência! Pode ser que se tenham lembrado de algumas. Mas também gostava de estar lá, quando houver almoço igual, em S. Bento.

 

 

Subitamente deu-me uma vontade enorme de ‘oscarar’, tudo porque ouvi uma Oscarinha a dissertar sobre filmes e óscares. Pela conversa vê-se, ou pressente-se logo que anda ali uma mãozinha do velho Oscarão Paulinho.

A técnica inconfundível do palavreado que adormece insónias e que leva a comunicação social a delirar, principalmente agora que julgava que as fontes desse domínio tinham secado. Não, ele ainda anda por aí vivinho.

Provavelmente ainda sonha com o óscar da ineficiência, materializado por uma ‘merdalha’ concedida a título de ausente por desnecessário. Essa cerimónia será abrilhantada pela presença decorativa da Oscarinha.

Oscarinha que já se sente na pele de realizadora dos mais enlevados filmes de engenhos e parvoíces aos quais, ela própria se atribui a autoria do enredo de um vulgar argumentista. Mas a Oscarina é ainda mais vulgar.

Toda a gente sabe que uma cópia nunca se confunde com um original. E então se entramos no mundo dos filmes… Filmes de todos os géneros: dramas, sonhos, comédias, pornográficos, subaquáticos… Com o Oscarão.

Oscarão e Oscarinha, inevitavelmente, vão continuar na senda dos grandes êxitos nacionais. Daí que seja um desejo irrevogável de ambos. Que seja um negócio da China. Com muitos milhões de ‘goldes viste-los’.   

Não tardará que tenhamos no país, mais filmes oscarados, que chineses vivem em Portugal. A ponto de Portugal se tornar a grande Merca do cinema mundial, onde, por consequência, os óscares serão caca de gato.

Estou mesmo a ver o filme que passou há pouco tempo, tendo como protagonistas, ou atores especiais, além do Oscarão e da Oscarinha, o conhecido Nuno Melro. Em lugar de óscares foram atribuidos miminhos.

25 Jan, 2016

Ecos de Basto

 

As reações de alguns dos principais jornais estrangeiros à eleição de Marcelo, que vi transcritas em Portugal, salientam o conservadorismo do novo presidente agora eleito, em contraste com o governo de esquerda.

Por sua vez, Marcelo disse no seu discurso pós eleição, que ‘o povo é quem mais ordena e foi o povo que me quis’. Além de ter feito referência ao Papa Francisco e à sua insistência na proteção dos mais desprotegidos.

Marcelo tem insistido muito na proteção do Estado Social e combate às desigualdades. Por tudo o que fez e disse, ou Marcelo está a brincar com as palavras, ou não será assim tão conservador como o querem fazer já.

Que é conservador, é. Resta saber em quê. Que ninguém tenha ilusões. Marcelo, não é, nunca foi, muito menos será agora, um pouquinho sequer como Cavaco, Passos ou Portas. Poderá ter sido catavento mas agora…

Há muitos anos que Marcelo trabalhava para chegar ali. Esse trabalho nem sempre foi consequente com o que propõe fazer agora. Mas, agora, ele já é quem sempre quis ser. Tudo o que mais deseja é não ser o ‘seu’ Cavaco.

Mas, Passos nunca foi o seu governante. Portanto, Cavaco, Passos e Portas, bem podem tirar o sentido de que terão uma muleta em Belém, como aquela que Cavaco corporizou. Nunca tinha havido ninguém assim.

E é sem risco de me enganar que digo que nunca mais haverá ninguém que faça ao país o que lhe fizeram essas três sombras negras. Os tempos mudaram. Com Costa ou sem Costa. Quem vier, terá de fazer a mudança.

É evidente que esta direita que temos tido pretende sempre arranjar pretextos e pessoas ‘inimigas’ para se impor ao país. Mas há ondas que vão crescendo e não são as desta direita que vão fazer a limpeza da praia.

Agora, é bem possível que esta direita tenha os dias contados e venha outra. Decente, justa, verdadeira. Marcelo comprometeu-se com o povo. Foi o povo quem lhe deu tudo. Dificilmente será capaz de trair esse povo.

A sua evidente aproximação ao governo de esquerda não surpreende, logo que identificou e abraçou bandeiras que a direita passada sempre detestou. Bandeiras como aquelas que geraram a união que nos governa.

24 Jan, 2016

Toda sua, doutor

 

Quando começo a escrever estas linhas as urnas estão quase a fechar. Portanto, espero que não me venham dizer que estou a fazer o mesmo que Paulo Portas: meter o bedelho onde não sou chamado. Não gosto.

Mas o democrático inveterado gosta de estar em tudo. Sobretudo no que lhe interessa. Mas será que lhe interessa a vitória de Marcelo? Certo, é que, a Marcelo, não interessa o apoio de Portas. E este devia saber disso.

E agora entro eu. Marcelo deve andar muito cansado, tanto que nem foi votar de manhã como todos os restantes candidatos. Deve ter ficado a dormir a manhã na cama, tanto mais que não gosta de dormir de noite.

Ora, com todo este cansaço, é natural que até venha a abdicar de se meter num cargo tão cansativo. Talvez até tenha ouvido o seu ideólogo que, hoje mesmo, disse, com ar de satisfação, que já merece descanso.

Todos sabemos como foi realmente um martírio para Aníbal Cavaco Silva atravessar dez anos de canseiras em Belém, de problemas do país quase insolúveis e, principalmente, de viagens globais com tanta gente atrás.

Sim, Cavaco já merece descanso. E não é de admirar que comece já a partir de amanhã, deixando o fechar da porta para quem vier aí. E Cavaco já fez mil e uma figas para que seja hoje decidido que é mesmo Marcelo.

Como já o fez Portas declaradamente. Como já o pensou Passos Coelho no recato da sua consciência. Não me parece que, a Marcelo, não tenham já passado coisas pela cabeça. Mas não pode desiludir os três admiradores.

Vai ser uma noite muito chata antes dos resultados. Muito nervosismo, muita impaciência e até muito stress. Quem me dera estar no Porto. Para relaxar ia ao Dragão. Depois, vinha de lá calminho e via Marcelo ofegante.

Assim, tenho de gramar esta estopada de aturar os paineleiros inquinados que abundam por todo o lado. Mas, é o momento de saber o que nos diz o prestidigitador RTP: é ele mesmo, isso mesmo, Marcelo Rebelo de Sousa.

23 Jan, 2016

Pois, e agora?

 

Agora não sei o que vou fazer da minha vida. Deixei de ver telenovelas para não perder nada da campanha eleitoral e agora estou na iminência de ter de voltar às telenovelas. Mas isso, agora, não tem jeito nenhum.

Simplesmente, porque lhes perdi o seguimento. É como começar a ver uma nova telenovela. É que elas andam tão depressa que se lhes perde o rasto das personagens e os assuntos mudam a cada momento. Impossível.

As televisões não têm respeito nenhum pelos seus fiéis seguidores. Tanto tiram como põem ou alteram o que a gente não pode perder. É o caso das telenovelas. Deviam por os tempos de antena a horas tardias. Eu via tudo.

Agora, a partir de hoje, estou em pânico. Sei lá por onde andam os meus heróis dos últimos anos. Mas devia saber. Tinha o direito de saber. Como é que querem que vá votar amanhã, se hoje ainda me baralho na escolha?

É verdade que estou em reflexão mas, assim, quem é que me ajuda a refletir? Sozinho, só me vem ao pensamento o que vão fazer os clubes que jogam hoje. E obrigam-me a ver bola em lugar de campanha eleitoral.

Mas isto será justo? Eu acho que não. Para mais, com Jesus e Vitória! Com o primeiro só vejo anjinhos e com o segundo só vejo derrotas. Eu quero é ver o Marcelo e o Nóvoa e companhia. Tem muito mais pica. Vibração.

É certo e sabido que na próxima noite nem vou dormir. Tenho até receio que durante a noite me levante e vá, mesmo em pijama e de olhos fechados, a caminho da urna onde me compete ir votar. Mas que perigo!

Depois, com toda esta baralhação, quem me garante que vou mesmo votar em quem quero e devo votar? Quem assume a responsabilidade de ficar viciado o resultado final do ato? Toda a gente sabe que por um voto…

Uma coisa eu garanto: às vinte horas de amanhã, não quero saber de televisões para nada. Já sei o que elas vão anunciar nas sondagens à boca das urnas. Será exatamente o mesmo que a boca deles sempre disse.

De resto, quero lá saber quem eles dizem que ganhou. Queria era que não acabassem com a campanha. Sei lá quando teremos outra. Mas, a sério. É que eles dizem todo o ano a mesma coisa, como se tudo fosse campanha.

22 Jan, 2016

‘Draft’ é giro

 

Com que então já temos um draft… Confesso que não sei o que isso é, mas simpatizo com a fonética do termo, assim como um presidente confessou que antipatiza com a fonética de ‘corrupto’. ‘Também estou apardalado’…

Não sei porquê, mas há palavras que me ficam a fazer cócegas no goto. Talvez como aquelas que o draft provocou hoje a tanta gente. É um ror de dúvidas que me leva a concluir que não estão muito dentro do assunto.

Mas então admite-se lá que grandes e bons especialistas da matéria, (drafts e quejandos) tenham dúvidas? Eu não admito. Sim, porque se sabem disso, ou o deitam abaixo ou o aceitam. Assim, são incompetentes.

Aprendam com o enorme economista Cavaco Silva. Eu, raramente tenho dúvidas… Ora esperem que ele logo vos explica o que é um draft e se sim ou não este de hoje, é bom ou mau. Aproveitem que ele não dura sempre.

A propósito disso, está na altura de se fazer o ‘dreft’ desta campanha presidencial e do sucessor do atual titular. Calma, cá para mim, draft é igual a dreft. É tudo igual ao litro. Portanto, mãos à obra que se faz tarde.

Estou em pulgas para saber se todos os dez candidatos chegam mesmo ao fim da campanha. Sim, eu sei que termina hoje à meia-noite. Mas até às onze e cinquenta e nove, muita coisa pode acontecer. Já vi coisas piores.

Maria de Belém já se sabe que não passa do Restelo. Sampaio da Nóvoa tem bilhete à condição. Ainda não sabe se vai e fica, ou se fica a ver o elétrico passar. Marcelo, que vai a pé, parou para engraxar os sapatos.

Dizem os entendidos que parar é morrer. Aqui, não é caso para tanto, mas parar é perder o ritmo. E uma simples paragem para engraxar, pode ser o fim do atleta. Para tudo é preciso pedalada, até para o prolongamento.

Todos os outros candidatos já fizeram o seu drift. Curto, completo e sem dúvida alguma. Já o droft de Maria de Belém foi mais complicado. Ainda está em elaboração. Dúvidas, não há, mas enganos há muitos e trágicos.

Finalmente, Marcelo e Nóvoa tentam finalizar o druft da campanha. Marcelo já vai amparado, mas muito perto da meta que é Belém. Nóvoa ainda está distante com uma passagem de nível fechada. Abrirá a tempo?

21 Jan, 2016

‘Intrigalhadas’

 

Amanhã é o fim deste desfile de sonhos que se transformará em profundas desilusões para muitos dos candidatos. E não digo para todos, pois há duas evidentes exceções: o presidente Marcelo e o senhor Silva.

Nada de confusões, pois Silvas há muitos. Este a que me refiro é o já ‘célebre’ Tino de Rãs. Que é, para mim, aquele que mais merecia o meu voto. Porquê? Porque este senhor Silva não quer entrar em intrigalhadas.

Preferiu ‘fazer bonequinhos’ enquanto os seus parceiros intrigalhavam. Duvido que alguém, em Belém, fosse capaz de evitar uma ou outra intrigalhada, a avaliar pelo que de lá nos chegou ao longo de alguns anos.

Além disso, o senhor Silva, é o único que supera a boa disposição do já presidente Marcelo. Não tem a voz tão clara, mas tem um jeito muito semelhante de fazer crer às pessoas que é, quem, afinal, gostava de ser.

Só há uma diferença: Marcelo sabe que já é, e Silva sabe que nunca o será. Pois, mas têm a semelhança de que ambos sabem. E o país precisa, exatamente, de muitas pessoas que saibam. Mas que saibam muito.

Que saibam que a diferença que vai de 48 para 52 não é de quatro, mas apenas de dois. Porque o que conta, não é a diferença que vai de 22 para 52, mas sim a soma dos nove (48) de um lado, contra o outro sozinho (52).

Para já, é assim que se fazem as contas. E não é preciso ser matemático para desvendar este intrincalhado. (Aposto que estes termos até agora desconhecidos, ainda vão aparecer pela pena de ilustres (?) conhecidos).

Marcelo está muito feliz, que mais não seja por já só faltar um dia para esta estopada de ter de se manter quase calado. É que já não deve ter pachorra para só ouvir e beijar gente mais velha que ele. Deve ser duro!

Esta coragem de ter prescindido de todo o seu passado político para se ter colocado, ainda que por pouco tempo, ao lado dos seus adversários (inimigos) de sempre, já merece recompensa. E eu vou recompensá-lo.

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