Medalhas
Terminaram os Jogos Olímpicos do Rio e aí temos os habituais campeões do batimento de teclas a lamentar a falta de medalhas que deviam vir na bagagem dos atletas portugueses. Mas que se resumiram a uma solitária.
E apenas de cobre, pois a prata e o ouro seguiram, quase na totalidade, para os habituais países açambarcadores de todas as riquezas. Mas, porque carga de água, vêm agora os lamurientos escribas asneirar sobre a nossa falta de competitividade?
Claro que, para eles, a culpa é da falta de apoios e de condições. Mas querem o quê? Provavelmente que o país ponha mais gente na miséria para se dar rios de dinheiro a quem queira tentar uma medalhita de quatro em quatro anos?
E, se lhes garantirem todo o dinheiro que os escribas deste país reclamam, garantem que as medalhas deixam de ir para os do costume e passam a vir para Portugal? E, mesmo assim, vale a pena trocar o aumento da miséria por umas tantas medalhas? Pois, o dinheiro não chega para tudo…
Não, por mim, penso que o problema passa por outros caminhos. No futebol fomos campeões europeus e, por esse facto, vieram muitas medalhas de ouro que, sinceramente, ninguém esperava. Pois, está bem, o Fernando Santos sempre garantiu que elas viriam. E vieram.
Então, senhores responsáveis por todos os desportos, do que estão à espera? Contratem treinadores que, como Fernando Santos, devem acreditar sempre nos milagres. A sua fé e devoção a Cristo, a mudança que operou na sua vida para que os milagres acontecessem, é a única via infalível para o sucesso.
O dinheiro é sempre limitado, mas a fé não tem limites. Porém, não se deve esquecer que não se pode exigir que se dê dinheiro a todos, em determinados momentos de crise, e mais tarde acusarem, os que lhes fizeram a vontade, de despesistas e responsáveis por todas as bancarrotas.
Não me esqueço do início da crise do Lehman Brothers. Todos reclamaram: ‘que nada falte aos idosos e às criancinhas’. ‘É preciso investir para que não haja desemprego’. A memória é curta. Mas não justifica o que depois se disse, e ainda hoje se diz, sobre a verdade dos factos.
Por isso, senhores escribas e seus devotos acompanhantes, antes de armarem em sabichões de todos os conhecimentos, pensem e meditem bem sobre as consequências do que preconizam para o país. O que hoje parece, amanhã pode não ser.
Senhores responsáveis por todos os desportos: sobre o futuro, sigam Fernando Santos. Deixem lá o dinheiro. Tenham fé, porque os milagres podem sempre acontecer a nosso favor. Principalmente, contra aqueles adversários que, antecipadamente, nos julgam mortos e enterrados.