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afonsonunes

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Há vida nova no país das revoluções mais ou menos frequentes. E essa vida nova nasce precisamente no Algarve e já chegou a Moreira de Cónegos. Uma revolução que vai ter seguimento imediato em Lisboa, mais concretamente lá para os lados de Alvalade.
Dizem, e eu acredito que é verdade, Moreira de Cónegos, depois deste início de revolução, está completamente mudada. A começar por já constar no mapa dos concelhos com Taça. Uma taça que não foi entregue pelo correio, mas que se chama CTT. A partir de agora, os cónegos lá do sítio, são gente com eles no sítio.
Pois é, o cónego Inácio, embora sendo leão assanhado, acaba de mostrar a Jesus, o santo de Alvalade, que nisto de pontapé na bola não há hierarquia religiosa. E o presidente do Moreirense, também entrou em competição com o presidente do Sporting. Agora, vamos esperar para ver quem revoluciona melhor.
Se eu fosse leão, não tenho dúvidas do que fazia já. Mandava um urro, perdão, um valente rugido que chegasse nitidamente aos cónegos, agora nos píncaros da lua. Daí que, além dos dois jogadores que regressam a Alvalade, fazia regressar também o leão e cónego Inácio.
Obviamente que o presidente cónego, não podia perder tudo. Assim, exigia que o santo Jesus fosse promovido a cónego e rumasse a assumir o cargo deixado pelo cónego Inácio, levando consigo uns tantos leões que o santo tinha comprado nos saldos. Esta revolução só estaria completa e com benefícios totais para ambas as partes, se o leão e presidente Bruno, fosse também para cónego e substituido em Alvalade pelo agora presidente dos cónegos.
Estas movimentações de cónegos e leões parecem padecer de uma grande confusão. Parece, mas está tudo idealizado na perfeição. E os objetivos são clarinhos. Sporting campeão já este ano e não ter mais que se preocupar com o que se passa na Luz, nem ter de falar todas as semanas nos homens dos apitos. Quando aos outros objetivos, perdoa-se o desejo, mas chega ir até ao Marquês.
Em terra de cónegos, Bruno e Jesus, têm apenas um objetivo. Serem sempre muito, muito bons amigos. Se acaso souberem rezar com devoção total, pode ser que apareça de surpresa uma qualquer taça perdida por outros.
Toca a aproveitar esta oportunidade única, pois as boas revoluções não se podem desperdiçar. E elas só aparecem quando bem planeadas, como esta.

25 Jan, 2017

Ai que saudades!


O Bloco e o PC estão hoje a matar saudades do tempo em que só tinham um alvo para os seus ataques. Acho bem que, de quando em vez, recordem velhas amizades e seletivas inimizades das quais resultaram os terríveis quatro anos que hoje tão saudosamente estão a recordar. Ou a tentar esquecer...
Nesta discussão da TSU o PS, legalmente, entenda-se, por ser da competência do governo, agiu com alguma complacência em relação aos seus apoiantes. Mas, que se saiba, essa decisão não constava do acordo existente entre eles. Logo, como em tantas outras matérias, o Bloco e o PC escusavam de se por em bicos dos pés. Estão no seu direito em discordar, mas não mais.
Obviamente que o PSD aproveitou a deixa e correu logo para os braços dos seus ex-companheiros de responsáveis pela vinda da tróica. Tanto lhes deu no goto essa aliança do PEC4 que achou por bem construir a sua geringonça, mesmo efémera, pelo menos por enquanto. O PSD deve estar em delírio com tal vingança, tanto mais que parece estar a perder a sua velha e saudosa geringoncinha com o CDS.
CDS de Cristas que faz lembrar Os Verdes de Heloísa. Começam a fazer voz grossa, esquecendo os tempos em que não iam além de simples caixas de ressonância dos seus mentores. Se é que já deixaram de o ser, principalmente os segundos. Talvez estejam a imaginar-se a crescer brevemente o suficiente para se autodeterminarem.
Certamente que o Bloco e o PC ainda não se aperceberam de que qualquer tentativa de namoro sério com o PSD será sempre um divórcio imediato. E a recusa em prolongar o namoro com o PS será sempre o regresso a pregadores do deserto. Mas o tempo tem destas coisas. As saudades por vezes tornam-se traiçoeiras. Nem sempre resistem às tropelias de vidas inconstantes.
Certamente que tudo isto não passará, por enquanto, do aproveitamento de uma ocasião para lembrar ao 'seu povo' que existem e vão tornar-se grandes. Mas, entre o viver sem esperança de ter voz activa e a certeza de que sempre terão o benefício de uma ou outra conquista do seu ideário, com reduzidas pontas por onde se lhe pegue, essa escolha parece não oferecer grandes dúvidas.

20 Jan, 2017

Marretas

 
Sendo hoje o dia de Donald J. Trump não podia passar sem deixar aqui uma marretada nas palavras que lhe ouvi no discurso de posse. Não por discordância, que seria inútil, mas simplesmente porque não lhe ouvi mais que disparates muito bonitos para os seus popularuchos apoiantes.
Se ele pudesse ser levado a sério, foi realmente bonito ouvi-lo dar o poder ao povo americano, fazer da América um país muito mais rico do que é, sobretudo, para que os miseráveis, que são muitos, se tornem ricos de um dia para o outro.
Mas daqui lhe dou uma valente marretada pela ideia de colocar sempre a América em primeiro lugar em tudo, em todas as decisões, todas mesmo, mesmo quando,subentendo eu, tenha que meter outros países nas ruas da amargura. Além de outros milagres anunciados, mais difíceis de concretizar que os verdadeiros milagres de outra natureza.
Mas, por cá, apesar das 'trumpalhadas' que marcaram o dia televisivo, também acontecem aquelas notícias que não ficariam mal, se fossem premiadas com umas boas marretadas nas cabecinhas obsessivamente sonhadoras de marretas de primeira categoria, já que não têm outro assunto para além da sua obsessão.
A esse respeito, volta não volta, lá vem a operação marquês, com toda aquela encenação de Sócrates criminoso, ladrão, mentiroso, destruidor do país, gastador de milhões e mais milhões, etc., etc. Já cheira mal estar ali a ver passar as mesmas imagens durante tempos infindos a acompanhar descrições milhentas vezes repetidas ao longo de anos.
Depois os marretas que não têm outra conversa que não seja a geringonça, descrita sempre da mesma maneira, pelos mesmos marretas que não têm outro assunto para as suas dissertações escritas ou faladas, em que já não são capazes de meter nelas uma única palavra nova.
Poderia dizer-se que têm um poder criativo enorme nas marretadas que vão dando diariamente na verdade e nas leis que não cumprem. A cratividade é uma virtude que, usada no bom sentido, deve ser estimulada e compensada. No entanto, o que vemos é invenção atrás de invenção, qual delas a que mais repulsa oferece.
Daí que alguém devia dizer a todos os marretas que inventem, inventem todos os dias e a todas as horas. mas que inventem coisas novas. Assim, reinventam notícias, reportagens, comentários, riscos, perigos, que já não impressionam ninguém. Por mim, diria apenas que não perco o meu tempo com eles.

19 Jan, 2017

Oh Chico!...


O Chico de Assis, socialista que ainda se mantem agarrado à imagem e ideário de Tó Zé Seguro, veio hoje para a ribalta, aliás como vêm todos os que criticam a atual solução governativa, dando à estampa os habituais riscos da continuidade dessa governação.
Obviamente que há riscos em tudo. Mas não se fala nos riscos que o país estaria a correr com qualquer outra solução de governo. E são facilmente enumeráveis. Mas vamos aos riscos atuais. O principal, ao que os céticos nos dizem, será o fim do apoio parlamentar por rotura do Bloco e, ou, PC com o PS.
É evidente que isso um dia vai acontecer. Estranho, melhor, impossível, seria tal não acontecer. Resta saber para quando esse desenlace. Para já, se fosse amanhã mesmo, o que já foi conseguido, já valeu a pena. O próprio Presidente afirma que o país já ganhou muito do que não tinha antes.
Depois, é evidente que o país ganhou um estadista como não se vê outro na atualidade. Virtude na segurança no que diz, poder de negociação interna e externa, além do bom senso nas decisões difíceis que dão garantia de que dificilmente terá opositores que o vençam, quando o país for chamado a votos. Hoje ou amanhã.
País que já constatou como é importante ter um presidente e um primeiro-ministro, quase sempre em sintonia nos momentos importantes para decisões difíceis. Tudo bem diferente das habituais guerrinhas anteriores, que tanto abalaram a confiança nas instituições.
Bem podem os críticos zurzir com reais ou fictícias divergências entre os que formam o governo e os que o apoiam parlamentarmente. Em boa verdade, esses apoiantes constituem um travão decisivo, sempre que o governo tende a ir além dos interesses do povo.
Por sua vez, o governo já conseguiu o feito, impossível de alcançar para muitos, de trazer para as responsabilidades das decisões nacionais, partidos que nunca passavam de simples protestantes em tudo o que de bom ou mau se fazia no país.
Por essas e outras razões, sempre que aparecem chico-espertos a desenterrar fantasmas que a maioria dos portugueses já rejeitam convictamente, embora com larga propaganda numa comunicação social que dela depende, já não engana mais que àqueles que se sentem envaidecidos por lhe darem essa ilusão de importância.

18 Jan, 2017

Picadas da mosca


Hoje é o dia do riso e, confesso, não tenho feito outra coisa desde que acordei, ainda o sol não tinha nascido. Mas já tinha nascido a graça da mosca que, com todas as suas ganas, pica aí por tudo o que é comunicação social.
No entanto, estranhamente, não ando picado da mosca, nem tão pouco ando muito preocupado com as graças, sem graça nenhuma, de muitos dos cartoonistas da nossa praça. Quando abro a página inicial do sapo topo logo com uns bonecos que, longe de me fazerem rir, normalmente, contribuem para que o meu dia não seja lá grande coisa.
Oiço as notícias da Antena Um às oito e lá vem a mosca a dar uma picada que não me aquece nem me arrefece. E por aí adiante, onde quer que eu procure qualquer coisa informativa de útil. Mas, infelizmente, fico com cara de estar com a mosca. Talvez até porque tenho uma entranhada aversão a bonecada que não é mais que uma nódoa onde é despejada uma borrada qualquer que, quase sempre, tem por finalidade, procurar fazer gracinhas políticas de mau gosto.
Para gracinhas dessas, já bem bastam as calinadas de mosquitos políticos profissionais. No entanto, essas, com muito mais frequência, me dão o prazer de boas gargalhadas, dada a distância que vai da realidade que eu vejo, até à pretensa aldrabice que os calinos me pretendem impingir.
Esses imprescindíveis calinos sim, e mais aqueles que lhes seguem devotadamente todas as aventuras, conseguem dar-me, graciosamente, a sensação de que estão picados por moscas negras e azuladas, gordas, a rebentar pelas costuras, prestes a 'deslarvar' em qualquer porcaria do gosto das vulgares varejeiras.
Obviamente que isto não devia ser conversa para o dia do riso. Mas não tenho culpa nenhuma de ser picado sem a minha autorização. E confesso que não estou vacinado para ficar imune a tanta pouca vergonha que me põem na frente. Enfim, no meio de tudo isso, ainda se arranja uma boa risada.

17 Jan, 2017

Os três


Não quero dizer que temos só os três que me apetece trazer para aqui esta noite. Obviamente que temos muitos mais, mas não são todos iguais, nem tão pouco se pode depreender de que a ordem de importância e notoriedade são iguais em todos os momentos.
Começo pelo cada vez mais incompreendido Pedro Passos Coelho. O nome é pomposo e impressiona desde logo um número incerto de admiradores e muito mais de 'desanimadores' que efetivamente desanimaram nos tempos em que ele mexeu com as suas vidas.
Com a característica 'argumentância' desde que está na oposição e em medida crescente em termos de parvoice gestual, mereceu do camarada Jerónimo o elogio, quanto a mim bem merecido, de que Passos se enrolou a si próprio nesta questão da Taxa Social Única.
Ou muito me engano, ou o ferido Coelho, já não tem médico de família que o livre desse 'enrolanço'. Até porque já há quem diga que também deu um tiro certeiro no seu próprio pé. A ver vamos se, como até aqui, Costa não será o último a rir. Embora Costa não seja do tipo de se vangloriar muito com as derrotas que inflinge aos seus adversários políticos.
Já Assunção Cristas deu hoje mais um espetáculo de imaturidade ao atirar-se na AR ao PM em termos que nem só aquele rancorzinho incontido e de mau perder justificaria no debate de hoje. Sobretudo, mostrou que não sabe como as tecnologias de hoje, absorveram os sistemas tradicionais de informação.
Também hoje, a 'avózinha má' de nome Teodora, finalmente, deu-se por vencida ao reconhecer que o défice ia ficar abaixo dos 3%. Muito lhe deve ter custado renegar tudo o que andou a dizer mais de ano, sobretudo porque colocou a sua voz 'laranjista', acima da voz isenta e cautelosa que lhe competia emitir como responsável por um organismo público importante.
Finalmente, um aceno de simpatia para com todos aqueles que contribuiram com os seus xistosos ditos para que Mário Centeno caprichasse em mostrar-lhes que não é aquele incompetente, tipo certos governantes que não foram capazes de conseguir o mesmo sucesso em anos anteriores.

16 Jan, 2017

O Protugal da TIV


A Crestina e o Maniel são realmente um espetáculo daqueles que muitos consideram uma coisa desprezível. E muitos outros desancam neles e em quem lhes paga principescamente, mas não deixam de meter o nariz nos seus programas.
Alguns dizem até que só lá vão espreitar as transparências das vestimentas dela e o arrojo das cores das dele. Mas isso é fita, embora as curvas dela não sejam nada para desprezar e os casacos dele sejam uma tentação para aqueles que invejam tudo.
A TIV é assim uma coisa de que todos, ou quase, dizem cobras e lagartos mas, em boa verdade, não tiram de lá os olhinhos ávidos de ver mais, do muito que já lhes mostram. Normalíssimo, pois quando se vê um bocadinho, fica-se logo à espera de ver muito mais.
Ouvi dizer que uma senhora, num programa em direto, ousou atirar-se a ela e a ele, com uma dureza impensável. E logo as caixas de comentários dos jornais se encheram de mimos e desejos perfeitamente desmentidos pela realidade das audiências.
É bem verdade que quem desdenha quer comprar. Mas será que ali, há qualquer coisa para vender? Na verdade, já houve, mas já não há. O produto está esgotado e os vendedores já podem fazer o seu gozo, próprio ou impróprio, porque não se aceitam devoluções nem reclamações.
Eles, ela e ele, ou elas, segundo alguns, já podem fazer e dizer tudo porque, ou não são levados, ou levadas, a sério, ou aquilo já está tão entranhado que não há detergente que limpe aquelas risadas estridentes, nem aquelas línguas desgraciosas.
Aquilo é assim do tipo da T(r)esa Guilverme que tem na Voz o seu protetor e inspirador para as maldades que inflinge aos seus insubordinados imitadores da Crestina e do Maniel, nos ditos e nas atitudes, que têm de ter seguimento das manhãs da porreirice, nas noites da sacanice.
Mas a verdade é que o Protugal dos malandrinhos, eleva a VTI ao pódio da alegria e da abundância, fazendo esquecer as caturrices dos que não gostam daquilo e preferem andar desorientados com tudo o que lhes sai mal no país das suas amarguradas tretas e das suas insanáveis frustrações.