Mais um a demitir
Pois, mais um que deve ser demitido e quanto antes. Só não sei quem é que o deve demitir. Acho que não deve ser ninguém do governo, pois isso representaria um excesso de trabalho para o primeiro ministro, que já deve estar assoberbado com a lista enorme de candidatos que lhe é exigido que mande embora quanto antes.
Ora, não sendo o governo, obviamente que também não deve ser o Presidente, que não tem vagar nem disponibilidade para essas coisas. E ainda bem, senão o país adormecia de pasmaceira e os que não gostam de fazer nada deixavam de ter com que se entreter a contar, a comentar e a encher páginas de tudo e com tudo.
Então, restam os outros na ordem natural da política que diz que tanto se é útil no governo como na oposição. E em primeiro lugar tem de ser chamado a assumir as suas responsabilidades, naturalmente, o líder da oposição. Mesmo que já seja pouco líder. No entanto, pode faltar-lhe jeito para muita coisa mas, para demitir, certamente que ninguém lhe recusará o merecido mérito.
Porém, eu contesto que, nesta demissão que hoje se torna imprescindível, seja alguém do mesmo ramo de negócio. Pode não ser engenheiro, nem ter construído nada, mas basta-lhe ter olhinhos para ver que, com ele, não tem que ser sempre assim. Porque a sorte é muito instável. E a fé, dado o profundo respeito que lhe devemos, não se pode abusar dela.
Ora bem, em dia de desgraça, o responsável tem de ser imediatamente demitido. Apesar do seu erro inegável, ter sido verificado na Rússia, terra de pouca fé, numa cidade que pouca gente conhece, tal como o engenheiro com obra feita. Como também não posso ser eu a demiti-lo, não sugiro que ele o faça voluntariamente, mas peço ao João e ao André que tomem essa iniciativa.
Logicamente, porque estes dois não se podem demitir. Logo, como amigos do peito do engenheiro, devem-lhe esse favor, para que os insucessos não continuem a atormentar muita gente. Sobretudo, para que, entre os vinte e três, sejam todos potenciais amigos e não apenas os quinze ou dezasseis do costume, ainda que já não possam com uma gata pelo rabo.