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afonsonunes

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Não é tradicional um coelho ter apenas uma coelha. Se assim fosse, a sua prole estaria bem controada o que não acontece nesta união de facto, em que as opções se quedaram pela escolha única.
Tradiconalmene, coelhos e coelhas, indiscriminadamente, tratam da sua vidinha sem limitações, traduzindo-se as suas atividades reprodutivas numa produção em série de muitos e novos coelhinhos.
Mas esta singular união de coelho e coelha, não só não aumenta a prole, como tem vindo a diminui-la preocupantemente. Parece até que na respetiva coelheira entrou a malina tão frequente na raça.
Obviamentte que a malina entrou primeiro no coelho. Depois, a fiel coelha, desprevenida, acabou irremediavelmente contaminada. Mas, submissa, não tratou de se resguardar e o seu sacrifício está a desesperar muita gente.
Os lisboetas, há alguns dias, queixaram-se muito com a suspeita de que os estrangeiros tinham deixado a cidade infestada com uma praga de percevejos. Praga que logo a DGS considerou inofensiva.
É de crer que a praga dos orelhudos, a malina dos coelhos, seja muito mais contagiante entre a espécie que os percevejos. Mesmo que a DGS não dê por ela. Mas os lisboetas vão notá-la, à medida que os dias vão passando.
Vai mesmo ser superada pela febre das cristas amareladas das galinhas que andam alvoroçadas com com o milho que lhes vai ser distribuido no domingo. Logo, mais cristas, menos coelhos.
A tradição já não é o que era, dizem os espantados e incrédulos tradicionalistas. Pois não. A criação está numa de degeneração das regras dos criadores. Julgavam eles que nunca sobraria milho para os pardais e cenouras e folhas para os outros roedores.



Pois, começou a triste feira de vaidades e de mentiras que é uma campanha eleitoral neste país de gente séria que só quer o bem do país.
Mas lá vamos descobrindo, aqui e acolá, que a maioria dos candidatos a ocupar cargos públicos, afinal, lá se vão abotoando com umas coisitas sem importância nenhuma.
E nem sequer vem a público a maioria dos casos de gente que a comunicação social ignora. E que quem de direito, por vias mais que tortas, ataca sempre no mesmo sentido.
Realmente, a propaganda está sempre inviesada. O realce vai sempre para as chamadas polémicas que são, exatamente, a maneira mais absurda, mais cobarde e mais reles de contaminar qualquer debate.
E a comunicação social delira com as polémicas, sempre visando quase só uma parte do todo, ou seja, a parte que lhe interessa deitar abaixo.
O país está cheio de gente que não sabe, nem quer saber, o que é verdade. Mas sabe, e não se cansa de denunciar as suas mentiras. E essa gente diz-se séria. E até gosta de se considerar independente.
Quanto aos candidatos, não faltam projetos, ou simulacros de projetos, para encher barrigas vazias de há muito tempo. E grandes obras que nunca sairão do papel.
Mas há uma matéria que nunca é objeto de projetos eleitorais. Os recursos humanos. A limpeza dos corruptos que lidam com os cidadãos e lhes chupam a carteira para conseguir que a burocracia não lhes tolha a iniciativa.
Ainda não vi isso em nenhum programa eleitoral, do mais pequeno ao maior partido, ou dos muitos independentes que não o são, nem nunca o foram.
No entanto, os cidadãos sofrem as maiores atrocidades se não conquistarem as simpatias de quem tem os seus interesses nas mãos.
Há muita corrupção lá por cima, há muita coação e muita pressão nos mangas de alpaca, sejam eles, chefias intermédias ou quadros onde só deixam escrever quem tiver a letra bonita.
Há gente nas câmaras que passam a vida a fazer a cama a quem não lhes passa a mão pelo pelo. E quem está acima, ou não vê, ou não tem autoridade para acabar com a pouca vergonha.
Em muitos casos, bastava apenas que os eleitores reparassem atentamente nas fotografias dos candidatos. Eles são bem conhecidos pelos seus feitos anteriores. Mas nunca desistem.


Milhares aos saltinhos como quem está a assistir a um jogo de futebol de topo da primeira liga, é um espetáculo que dá para tudo. À primeira vista, dá para sorrir, porque aquilo está mais afinadinho que uma daquelas claques verdes, azuis ou vermelhas.
No entanto, também pode dar para lamentar tanta dureza de sacrifício, ou não fosse uma dor de alma, ver tantos saltos altos a martirizar os pés, certamente doridos.
Pode ainda dar origem a sentidos choros de quem, nos hospitais do país, sofre a bom sofrer, numa cama ou nos corredores de uma urgência, à espera de quem lhes dê a assistência de que necessita. Mais grave ainda, de quem esperou longos meses por uma consulta, ou uma operação, e continua a ver só gente aos saltinhos.
E pode ainda dar lugar a que muitos milhares de portugueses tenham vontade de dizer basta, às suas muitas situações de miséria, de desespero até, por lhes dizerem não haver dinheiro para minorar os seus sofrimentos.
É evidente que quem anda hoje todo o dia aos saltinhos pode ter toda a razão do mundo para fazer esse sacrifício em prol da melhoria das suas vidas. Mas quantos estarão na mesma situação e não saltam por olharem à sua volta.
Podem ser três, cinco ou dez mil aos saltinhos, mas nada comparado com os milhões que não saltam, não riem, não exibem cartazes exprimindo sentimentos de ofensa, antes esperam pela oportunidade de verem o dia em que chegue a sua vez.
Talvez seja altura de parar com os saltinhos e pensar que ganhar mil, não deve ser sinónimo de querer aumentá-los com a injustiça de ver que não há dinheiro para quem recebe apenas menos, ou muito menos, de metade dos mil.
Apetece-me dizer, BASTA! Sim, basta de tanto egoísmo. Não só de quem ganha mil, mas de todos aqueles que recebem muito mais, alguns, vários milhares e têm toda a pressa do mundo em ver correr para o seu bolso, aquilo que prioritariamente deve servir para corrigir insustentáveis carências básicas.


Diz esta 'inlustre' senhora que o governo, só o atual (?), tem certas responsabilidades económicas que ela descreve, entendendo que não estão a ser feitas as reformas 'dela' e 'arrasando' o executivo que ela 'crucifica' desde que se cruzaram nesta legislatura.
Atendendo aos resultados conseguidos parece-me que fica claro que esta senhora canora, na sua entoação bem sonora, já podia e devia estar na reforma mas, pelos vistos, mesmo que Costa o desejasse, nunca daria esse passo, por respeito à velhice.
Velhice que se sobrepõe nas suas análises grotescas, aos efeitos benéficos que o país reflete, bem como aos elogios que vêm dos responsáveis dos organismos da Europa, de quem de certo modo estamos dependentes, e ainda de vários quadrantes do mundo.
É natural que a sua proveta idade lhe conceda o privilégio de se sentir superior a tudo e a todos. Mas essa força lutadora contra a realidade, chegou só há quase dois anos. É verdade que então tinha apenas menos dois aninhos. Veio tarde, mas veio a tempo.
É um ato corajoso que não lhe ocorreu no exercício governamental anterior. Talvez porque esse executivo lhe tenha enchido as medidas. Talvez porque esse executivo tenha seguido à risca todos os seus cenários macroeconómicos excecionais.
Tais medidas e tais cenários são hoje sobejamente avaliados positivamente, por quem não ande contaminado por aquilo a que muitos chamam azia, ou conjuntivites de vária ordem. E, dê lá por onde der, é seguro e garantido que o tempo não volta atrás.