Isto já parece aquele dito espanhol, ou de origem espanhola, segundo o qual as pessoas não acreditam em bruxas, mas que las hay, las hay. Pois bem, eu diria que não acreditava em capangas no futebol, mas que os há, há.
Ao que parece a justiça já estará com qualquer coisa nas mãos, que diz respeito a capangas. Pelo menos hoje, quarta-feira de cinzas, cinzas do carnaval/18, aparece pelos jornais a referência, ao arrepio do que por lá se divulga diariamente, a capangas do FCP.
Ora, tem sido precisamente o FCP que não tem parado de injetar nos mesmos jornais, coisas que visam atingir o SLB e largamente, e algumas nitidamente e maldosamente, visando a intervenção da justiça, o que tem acontecido rapidamente e com grandes aparatos.
Mas, desta vez, a existência, ou a possível existência, dessa espécie de novidade nos estádios, vai complicar ainda mais a resolução dos casos pendentes nas investigações. Espera-se que não estejamos perante casos de extrema complexidade.
Isso, exatamente como aqueles casos que demoraram muitos anos e, ou não dão em nada, ou são arquivados, ou prescrevem, ou vão andar na informação diária ad eternum, ou, ainda, com algumas condenações de vou ali já volto. Coisas que o zé povinho não entende.
Mas uma coisa é certa. A UEFA, na área da sua jurisdição, não deixa pôr o pé em ramo verde, nem a jogadores, nem a treinadores, nem a dirigentes. Mas por cá, a FPF, as Ligas, as Associações, as Comissões de tudo e mais alguma coisa, ignoram sistematicamente os piores transgressores.
Por cá, e por dá cá aquela palha, a justiça policial, até parece que não tem mais nada que fazer, que andar constantemente atrás de denúncias de clubites agudas, quando devia ser a justiça desportiva a ser célere e dura para com tudo e todos os que emporcalham o futebol.
Mas, por cá, tudo serve para alimentar uma fome diabólica de casos e uma sede enorme de afogar vinganças e invejas que frustrações prolongadas deformam e enformam quem não consegue viver sem vitórias, nem que elas tenham de ser arrancadas na base da trafulhice.
E assim se cria um clima que só pode ter tristes fins, cada vez mais violentos, com o aparecimento de grupos perigosos, com a existência de claques onde se escondem criminosos, com dirigentes que se tornam autênticos doentes em muito do que fazem e em quase tudo o que dizem.
Só falta que se descubra agora que também já têm capangas ao seu serviço, se é que os não têm há muitos anos. Só falta que a justiça desportiva não acorde depressa. E só falta que as polícias não sejam capazes de pôr cá fora a sujeira que anda quase a olho nu.