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afonsonunes

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22 Fev, 2018

Oh Ivo!...


O treinador de futebol do Estoril, deu uma importante dica às autoridades competentes para investigar coisas esquisitas.

E não só as coisas esquisitas que elas investigam quando lhes soa qualquer coisa ao ouvido.

Obviamente sobre o Benfica, nomeadamente, o seu presidente Vieira, o seu treinador, Vitória, os seus jogadores, etc.

E depois até parece que são marqueses, pois nunca mais acabam as investigações.

Ora o treinador Ivo Vieira, ser Vieira é muito importante, acusou os seus jogadores de terem preguiçado na segunda parte do jogo com o Porto.

É evidente que tal não se faz, até porque haverá quem pense que ali houve qualquer coisa esquisita.

Sim, porque um treinador acusar assim os seus jogadores, já de si é uma coisa muito esquisita.

Os jogadores até podem ter toda a razão, pois ainda podiam estar cansados da primeira parte do mesmo jogo.

Portanto, faça-se uma investigação-sinha... Já agora...

17 Fev, 2018

O carago e a porra


Rui Rio, um homem do norte, carago, e Santana Lopes, porra, um homem sulista e alfacinha, andaram às turras uma data de tempo até se encontarem este sábado no Centro de Congressos de Lisboa.

Falta agora saber se o facto de o carago ter vencido a porra, não constituirá motivo para que o PSD se transforme numa gaita. Gaita que pode ser afinadinha, pouco provável, ou um terrível instrumento de desafinação.

Causa uma certa estranheza que a direita considere um crime de lesa pátria o facto de as esquerdas se unirem para manterem a direita em fora de jogo, embora as esquerdas não barafustem contra a união nacional dos dois partidos inconformados por não poderem passar um sem o outro.

Se as esquerdas não podem ser unidas, não se percebe porque as direitas tenham de se tornar irmãs gémeas para ganhar o pote. Este fim de semana é um fartote de lamúrias e desconsolos, para além de esperanças sem fim num milagre repentino. Até o Centro de Congressos abana.

Para lá de tentativas várias para que deste congresso do PSD saia um partido unido, assiste-se a declarações de arreganho de personalidades que dominaram o governo durante os tristes anos da austeridade, insatisfeitos por verem a sua casa invadida por um 'estranho'.

Apesar de, aparentemente, só ter havido heróis para o partido e para o país nesses 'gloriosos' quatro anos, a 'limpeza' parece evidente e as pomessas do novo lider deixam muitas consciências intranquilas.

Se Rui Rio conseguir levar os seus desejos avante, muita coisa pode vir a mudar no partido e no país. Para melhor, certamente mas, como avisou o seu heróico antecessor, agora quase catedrático, depois de herói proclamado, vai ser muito difícil essa tarefa.

As dificuldades previstas, obra da geringonça, não se voltaram para dentro da sua própria casa. Já há quem prometa candidatar-se a líder e já há quem se ponha de fora, enquanto durar o reinado do homem do norte.

Pelo vistos, o país pode esperar, apesar dos muitos cânticos de louvor à nova era que se inicia agora. Mas, enquanto não houver tachos para satisfazer a fome de poder e a sede do pote, os insatisfeitos continuarão a deixar escapar sorrateiramente: Isto é uma porra!...

14 Fev, 2018

Capangas?


Isto já parece aquele dito espanhol, ou de origem espanhola, segundo o qual as pessoas não acreditam em bruxas, mas que las hay, las hay. Pois bem, eu diria que não acreditava em capangas no futebol, mas que os há, há.

Ao que parece a justiça já estará com qualquer coisa nas mãos, que diz respeito a capangas. Pelo menos hoje, quarta-feira de cinzas, cinzas do carnaval/18, aparece pelos jornais a referência, ao arrepio do que por lá se divulga diariamente, a capangas do FCP.

Ora, tem sido precisamente o FCP que não tem parado de injetar nos mesmos jornais, coisas que visam atingir o SLB e largamente, e algumas nitidamente e maldosamente, visando a intervenção da justiça, o que tem acontecido rapidamente e com grandes aparatos.

Mas, desta vez, a existência, ou a possível existência, dessa espécie de novidade nos estádios, vai complicar ainda mais a resolução dos casos pendentes nas investigações. Espera-se que não estejamos perante casos de extrema complexidade.

Isso, exatamente como aqueles casos que demoraram muitos anos e, ou não dão em nada, ou são arquivados, ou prescrevem, ou vão andar na informação diária ad eternum, ou, ainda, com algumas condenações de vou ali já volto. Coisas que o zé povinho não entende.

Mas uma coisa é certa. A UEFA, na área da sua jurisdição, não deixa pôr o pé em ramo verde, nem a jogadores, nem a treinadores, nem a dirigentes. Mas por cá, a FPF, as Ligas, as Associações, as Comissões de tudo e mais alguma coisa, ignoram sistematicamente os piores transgressores.

Por cá, e por dá cá aquela palha, a justiça policial, até parece que não tem mais nada que fazer, que andar constantemente atrás de denúncias de clubites agudas, quando devia ser a justiça desportiva a ser célere e dura para com tudo e todos os que emporcalham o futebol.

Mas, por cá, tudo serve para alimentar uma fome diabólica de casos e uma sede enorme de afogar vinganças e invejas que frustrações prolongadas deformam e enformam quem não consegue viver sem vitórias, nem que elas tenham de ser arrancadas na base da trafulhice.

E assim se cria um clima que só pode ter tristes fins, cada vez mais violentos, com o aparecimento de grupos perigosos, com a existência de claques onde se escondem criminosos, com dirigentes que se tornam autênticos doentes em muito do que fazem e em quase tudo o que dizem.

Só falta que se descubra agora que também já têm capangas ao seu serviço, se é que os não têm há muitos anos. Só falta que a justiça desportiva não acorde depressa. E só falta que as polícias não sejam capazes de pôr cá fora a sujeira que anda quase a olho nu.

07 Fev, 2018

A caravana passa


Pela 'Deutchlândia' acabamos de verificar que se passa qualquer coisa de novo que poderá levar o nosso presidente Marcelo a fazer mais uma das suas declarações, mais ou menos igual àquela em que nos informou que é preciso não esquecer que a recuperação económica começou com o governo anterior.

Agora poderá dizer que o ministro alemão Schauble, de saida do governo, deixa as bases de uma nova Alemanha ao seu sucessor Scholz. Não é difícil perceber que há aqui qualquer coisa de caricato. E essa coisa é querer convencer-nos de que a austeridade foi o início da recuperação económico do país.

Na verdade, a austeridade foi o agravamento do descalabro económico que ela trouxe e não o contrário. Compreende-se que Marcelo se queira mostrar equidistante do governo e da oposição, até porque começam a ouvir-se vozes de que só tem tido elogios para a governação. Daí a já verificada moderação quando fala de assuntos tão sensíveis como esse.

Só assim se compreende que na Europa, tanto se tenha falado no sucesso de Costa e Centeno ao darem uma imagem muito mais séria do país que temos agora. Em muitos aspetos, e bem visíveis, obviamente. Por cá, nunca tal será admitido por alguns, por causa da hipocrisia reinante e da politiquice esquizofrénica que domina a realidade.
Quando Costa assumiu a chefia do governo foi bem claro ao afirmar que as mudanças na Europa tinham de ser feitas por dentro e não forçadas de fora. É isso que está a acontecer. O exemplo de Portugal nestes dois últimos anos, vai ganhando forma. E a força de Schulz ao forçar Merkel a conceder-lhe as principais pastas do seu governo, são a prova disso.

Portanto, a política de Merkel, Shauble e o seu apêndice Passos, ficou pelo caminho. A Europa está a mudar e não foi por causa destes inapagáveis síbolos da austeridade. O futuro é futuro, como sempre, imprevisível, neste mundo de imprevisíveis surpresas. Mas, esse passado ainda recente, nunca nos daria nada de bom.

Um dos grandes problemas do país é o facto de ninguém assumir de caras, sem hipocrisias, quem, claramente, fez o quê, de bom e de mau, com assinatura por baixo. Ninguém faz tudo bem, ou tudo mal. Mas há decisões, umas boas outras más, que marcam os países e as pessoas para sempre, ou não as vão esquecer tão depressa.

Depois, vivemos hoje um período em que há quem, lá do alto, fale demais, muitas vezes para lá das suas reais competências, invadindo mesmo a esfera de ação de quem vê usurpadas as suas competências. E quem, lá do alto, vá criticando ou elogiando, abrangentemente, para não ferir susceptilidades que prejudicam a popularidade.

Obviamente que cá por baixo, onde eu ando, também se fala demais, se fala do que se sabe e do que se não sabe, por vezes, muitas vezes, ultrapassando os limites da razoabilidade. Mas, cá por baixo, dizem que é a liberdade de expressão que o permite. Eu penso que a liberdade, só é liberdade a sério, se não ferir a liberdade dos outros.


O ministério privado considera que tem três grandes prioridades para consolidar a sua supremacia na sociedade portuguesa. Supremacia que não tem sido, para ele, nada de especial, visto que é sempre legítimo querer mais e mais. Mas, para a sociedade em geral, é mais ou menos visível que se faz pouco e pouco bem.

Daí que não se entenda muito bem o que é isso de identidade. Se o ministério privado não sabe quem é, eu, por exemplo, não tenho dúvidas de que sei quem é, o que tem sido, e o que ambiciona ser. E se sonha ser exemplo para alguém, é melhor procurar saber se alguém lhe quer seguir o exemplo.

Quanto ao futuro, nada melhor que tentar perceber o que será o correio da manha. Sim, o futuro, tudo o indica, estará nas mãos dos manhosos, pelo menos enquanto os deixarem serem habilidosos ao mesmo tempo. O ministério privado e o correio da manha, terão, sem dúvida, um diretor comum. Só assim haverá coordenação perfeita.

Portanto, não faz sentido falar-se de falta de meios ou falta de estatuto, num contexto de previsão da gestão. Pois é sempre possível reduzir o número de páginas para aumentar a disponibilidade de meios para agregar ou reforçar as brigadas de investigação. Aliás, mais investigação, não significa mais palha nas páginas manhosas.

Se falta estatuto é uma questão de estudo aprofundado do que se tem e do que se pretende ter. Quando já se tem demais em relação aos resultados obtidos, é imperiolso que se reduza o tamanho do estatudo. Quanto mais páginas de estatuto, mais são as páginas de resultados com muita palha descritiva.

Como a diretora geral do ministério privado parece estar de malas aviadas, só pode ter como destino a direção do correio da manha. Convém, no entanto, esclarecê-la, se é que ainda ninguém o fez, que o, ou a nova diretora geral do privado, pode optar por passar ao público, uma ou as duas instituições e estragar essa privada união.