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afonsonunes

afonsonunes

21 Mai, 2018

Isto está bonito!


Lá bonito, bonito, não é, mas não encontro palavras para dizer o mesmo de outra maneira. E falar, ou escrever do mesmo, é mesmo um problema complicado. Mas de coisas simples de mais estamos todos nós fartos.

E o que são as coisas simples? Obviamente são todas aquelas de que os políticos falam, quando se referem a soluções difíceis que complicam a vida aos cidadãos e ao país. Uma coisa simples? Dizer que se vai combater a corrupção.

Uma coisa difícil? Combater a corrupção. Não é difícil fazer crer que o país está cheio de corruptoa. Mas a verdade é que nunca serão os corruptos a mexer uma palha para se combaterem a si próprios. Mas os que o não são, também não se querem meter nisso a sério.

Por exemplo, quem é que se quer meter com a corrupção e a violência que há muito tomou conta do futebol, sabendo que essa tentativa arruinaria todas as pretensões de popularidade e sucesso do menos ambicioso.

Quando acontece qualquer coisa de grave, toda a gente, simples ou importante, cidadão vulgar ou detentor de cargo muito ou pouco relevante, se indigna, se revolta, se manifesta chocado, porque ninguém faz nada para acabar com tais situações.

Mas, na verdade, no dia a dia, de tempos idos ou atuais, ninguém fez nada para que tal não acontecesse. Mas quem, com responsabilidades na matéria, quem sempre prometeu medidas enérgicas e urgentes para que tal não voltasse a acontecer, esquece que foi exatamente quem nunca teve coragem para atuar.

Mas o tempo passa e as medidas não chegaram e não chegarão nunca, enquanto o medo de uns e o poder de outros, não tiverem a coragem de arriscar as amizades e os cargos pela saúde física e mental de todo um povo constantemente a correr riscos sem conta.

A inércia e a inação de quem tem obrigação de tomar medidas difíceis e urgentes, mesmo as mais severas, seja contra quem for, também são formas de violência contra a generalidade dos cidadãos que têm direito a viver em tranquilidade e segurança.

É urgente e é necessário que todos os corruptos, violentos ou não, sintam que ninguém os pode livrar da mão pesada da justiça, sempre que eles, os criminosos, não sintam quão pesadas são as suas consciências.

Mais tarde ou mais cedo o país tem de ser limpo eficaz e definitivamente de quem o suja, o estraga ou o destrói. Seja em que campo de atividade ou nível social.

Alguém tem de arregaçar as mangas e não ter medo de perder o lugar ou perder eleições. Portugal, que tantos exemplos tem dado ao mundo de que é capaz de tantos feitos, também tem mostrar que é capaz de vencer esta fase negra que já tomou proporções de catástrofe nacional.

Catástrofe na suja comunicação social, nos meandros de uma justiça minada de gente sem escrúpulos, nos partidos onde o sectarismo atingiu foros de insustentável, no desporto onde tudo pode acontecer, por obra e graça de fanáticos da pior espécie, que só admitem ganhar, nos cargos políticos onde se vende tudo a quem tiver dinheiro para comprar qualquer coisa, na ignorância e má fé de gente cega pelo ódio e por vinganças mesquinhas.

É preciso e é urgente cortar com o conceito de liberdades infinitas para o crime encoberto. Para a liberdade de ofender e esmagar pessoas em nome da liberdade de expressão e opinião. Punir sem dó nem piedade quem se julgue no direito de acusar, julgar e condenar, seja lá quem for, acabando definitivamente com os julgamentos na praça pública, por todas as espécies de ignorantes e interesseiros. Tudo para que a democracia, no seu verdadeiro sentido, não seja assassinada pelos extremismos e populismos que sempre espreitam oportunidades de conquistar o poder.

Vai haver muita gente a contestar, a refilar, a indignar-se com medidas que concretizem o fim desses crimes até agora ignorados. Mas que não doam as mãos a quem tiver a coragem de nos livrar dessa praga de criminosas atividades.


Já que ainda não há incêndios porque a chuva resolveu frustrar os desejos e os anseios dos incendiários para quem só as castrástrofes de grandes dimensões lhes alimentam a esperança de que o governo saia queimado destas guerras de chamas e fumos, há que alimentar o sentimento de que é inevitável o país estar à beira de novas desgraças, devido à incúria e irresponsabilidade dos responsáveis atuais pelos destinos do país.

Obviamente que para esses incendiários o governo tinha de aceitar de imediato todas as chantagens dos candidatos à renovação de todos os contratos de meios de combate aos fogos, aproveitando o pânico dos incendiários que não querem perder o prazer de ver tudo a correr ao seu gosto como no ano transacto e, ao mesmo tempo, deteriorar a situação económico financeira favorável, que tanto os tem preocupado.

O incendiários são muitos e proliferam a vários níveis. Mas, todos eles, não podem deixar de ter uma ligação umbilical entre eles. Todos adoram chamas e fumos, arda o que arder e queime-se quem se queimar, desde que a situação do país mude radicalmente daquela que atualmente nos governa. O sucesso desta governação é a frustração daquela que quer suceder-lhe, pois, assim, como está, não pode continuar, fazendo progredir tudo aquilo que devia estar a regredir.

O incendiários políticos não se calam nem desistem de propalar desastres sobre desastres que, sucessivamente, se vão ficando pelos anúncios. Os incendiários da informação, apesar dos insucessos informativos, continuam a inventar histórias diárias de destruição e colapso do país, além de nos massacrarem diariamente com as repetições macabras de tudo o que sacrificou pessoas e bens. Já que não acontece o que eles mais desejam, não deixam que o país se liberte desse trauma para poder ultrapassá-lo.

Para lá dos incendiários políticos e da informação, há todo um circuito de colaboradores diretos ou indiretos, incendiários contratados ou simples seguidores por simpatia que, aparentemente, ninguém persegue nem denuncia, que executam no terreno todas as tarefas que vão no sentido de colocar em cheque quem ficará sempre com a fama de que nada fez para evitar as tragédias bem montadas, porque bem orientadas e executadas por esses incendiários diurnos e nocturnos.

A preocupação maior de todos os incendiários, de todos os níveis e seus colaboradores, é procurar alibis para que tudo lhes passe ao lado. Não interessa que as ignições sejam aos milhares ou que elas sejam efetuadas de dia ou de noite, por terra ou pelo ar, por descuido ou por mãos sujas e bem untadas, sempre em locais de difícil acesso e de fácil e relevante propagação.

Todos esses incendiários falam na obrigação de que não podem acontecer mais tragédias semelhantes às do ano que passou. Mas todos eles não querem que se comece por eles, descobrindo-os, mostrando-lhes os rostos, neutralizando-os, para efetiva segurança do país. Com eles em roda livre, ninguém poderá garantir nada. Para lá de que na natureza ninguém manda. Nem ninguém pode garantir processos de controle dos seus desmandos.

Não é por se pedirem demissões, seja de quem for, voluntárias ou forçadas, que o país ficará garantidamente mais seguro. Até porque muitos dos grandes responsáveis pelas condições atuais, não se demitiram quando não fizeram o que deviam. Mas clamam agora por demissões a cada dia que passa. Que saudades que eles têm do tempo que o país perdeu à espera dos resultados das suas incompetências. E das suas faltas de vergonha de ontem e de hoje.