Bananas e batatas
No nosso querido torrão continental é consensual que temos muitos bananas nas mais diversificadas atividades da sociedade, o que já não acontece com a região autónoma da Madeira pois, além de ter os mesmos bananas, tem a espécie frutícola característica da banana, pequena, mas mais doce, e constitui uma das riquezas mais relevantes da produção agrícola madeirense.
Portanto, no continente só há os tais bananas que são os outros que não nós, e na Madeira há desses como aqui, mais as outras que são mesmo deliciosas. Mas há mais. No continente há batatas do Minho ao Algarve, apesar de não se verem batatais nos campos de futebol. Na Madeira, desde a semana passada, que foi descoberto um enorme batatal, no Funchal, mais concretamente no Estádio do Marítimo.
Mais uma vez a Madeira supera o continente, pois além de duas espécies de bananas também tem um grande batatal, coisa que nós, continentais, ainda não descortinámos nos campos de futebol. Obviamente que a nossa agricultura bem precisa de se diversificar. Assim, a batata-doce, a batata vermelha e a batata branca, têm de se mostrar nas suas reais dimensões.
A batata-doce, mais ou menos cor de burro a fugir, não conta para os batatais futebolísticos, precisamente por ser doce de mais para entrar neste negócio da batatada. A batata vermelha, por ser como é, não tem voz na matéria, pois nesta só a batata branca (as riscas, claro) através do azul implícito, pode criar batatais, colher batatas e distribuir batatada em todas as direções. Pois, cada ponto que fica para trás, representa sempre a constatação de que não sabem mesmo lidar com exímios semeadores de batatais.
Está provado que os leões estão à margem de todas as batatadas, pois vencem e convencem os mais exigentes batateiros. As águias, lá vão conseguindo com muito sangue, suor e lágrimas, arrancar umas batatitas aqui e acolá, sem levantar batatices, de cansados e ‘inconvincentes’ amadores de batatais que desconhecem por completo.
O batateiro mor desta semana, muito calmo e sereno, contra os seus hábitos de arranca-batatais à enxada, lá conseguiu justificar os seus méritos (invisíveis) através da ideia (genial) que lançou aos seus batatolas de todas as semanas. Assim, não se falou de outra coisa: o Batatal do Funchal. Rima e tudo.