Coragem, doutor PPC
A coragem não tem sido o seu melhor atributo ao contrário do que dizem alguns dos seus mais doentios seguidores. Seguidismo, sim, esse tem sido o rumo do seu caminho determinado pelos ventos que sopram de leste.
Sim, porque a leste de Portugal fica toda uma Europa doente, senão com pacientes moribundos, que parecem felizes por estar a embarcar na marcha fúnebre que os vai levar ao céu dos inocentes cumpridores.
A coragem não é isto. A coragem é saber dizer não ao que não interessa à generalidade do povo e que é repudiado pela grande maioria da sua opinião, pese embora a teimosia de quem representa o poder de momento.
O poder de representação não é o poder da imposição. E o que mais temos tido nestes últimos tempos é, precisamente, uma imposição cega de vontades que nada se assemelham ao mandato conquistado no escrutínio do povo.
A doentia visão de que quem ganha eleições tem de governar até ao fim do mandato, está totalmente desacreditada por quem chegou ao poder contrariando essa mesma prática. Tem de ser-se coerente com o que se diz.
Hoje, porém, o senhor doutor PPC teve talvez o seu primeiro ato de coragem, pelo menos que eu conheça. A TAP continua a ter nos seus aviões uma bandeira que é tudo para nós portugueses. Parece que Relvas perdeu.
Agora, ficamos à espera que a RTP tenha o seu momento de libertação, através do segundo ato de coragem de PPC, obviamente, no meu entender, constituindo a segunda derrota de Relvas, o mau vendedor do estado.
Está pois na hora de se meter o estado, pela mão do senhor doutor PPC, no caminho árduo e difícil da austeridade necessária, mas possível, abandonando de vez as negociatas, que nunca se tinha visto, atingirem a vergonha de agora.