JUÍZO OU BOM SENSO
É frequente ouvir as mães e os pais dizerem aos filhos de tenra idade para terem juízo. Também se ouvem pessoas adultas, que já têm idade para ter juízo, fazerem apelos semelhantes a quem tem mais juízo que elas.
Numa determinada área política está muito em voga expressarem o seu bom senso àqueles que julgam não o ter. Porém, num simples exercício comparativo, rapidamente se conclui que o bom senso não tem donos.
Mas, facilmente se deteta quem o pratica com mais propriedade, pois o bom senso aconselha sempre a que se meçam todas as palavras antes de as botar cá para fora. Senão, entra-se na fase em que se intromete o juízo.
Afinal, quem se acha cheio de bom senso, acaba por revelar que lhe falta é juízo para estar calado, quando lhe falta razão para falar. Sobretudo, quando fala de quem está calado e a cumprir bem a sua missão.
Juízo, bom senso e razão, três bons argumentos para que não nos enganemos a fazer o nosso próprio juízo sobre os que pensam que ganham guerras com palavras de que não conhecem o sentido correto.
Mas, sobretudo, que não imaginam sequer, que essas palavras significam o que têm dentro de si próprios. E é aí que mostram o seu desfasamento desta realidade do país atual. E andam desfasados desde há muito tempo.