LADRÕES, CORRUPTOS E ALDRABÕES
Sempre houve energúmenos destas espécies e, certamente, sempre os haverá. O mundo está cada vez mais à mercê de gente que vive à custa dos poucos que trabalham. Que têm de ganhar pouco, quase nada.
Sempre houve possessos desses, mas nunca houve tantos como agora. Tantos ‘brothers’ que aproveitaram o vulcão Lheman, cuja erupção aconteceu há precisamente cinco anos, para se multiplicarem como ratos.
Ratos que tomaram conta dos campos, das cidades, dos países e dos governos. Porque a confusão e a desorientação gerais de há cinco anos, permitiu o vale tudo, às escâncaras, para que os ratos roessem tudo.
Agora, já não há possibilidade de eliminar tal praga. Corremos até o enorme risco de sermos eliminados por eles. São visíveis em todo o lado. Roubam a todos e à vista de todos, corrompem e aldrabam sem descanso.
Esta pandilha de ‘brothers’ deixou de se preocupar com a justiça, com os governos, com a comunicação social, com tudo o que lhes pudesse fazer frente. Hoje, os seus fortes tentáculos já estão em todo o lado.
Não têm de cumprir as leis vigentes pois, feita a sua interpretação, ela prevalece e é expressamente ditada a quem tem de julgar. Os seus superiores interesses estão sempre acima de tudo e de todos.
Ouve-se chamar-lhes muita coisa. Primeiro, em surdina, nomes subtis, como insensíveis e incompetentes. As vozes cresceram de tom e os nomes cresceram de significado. Já chegaram a ladrões, corruptos e aldrabões. E não vai parar.