AÍ VEM ELE
A vingança serve-se fria e, tanto quanto possível, disfarçada de um ato cívico normal em qualquer democracia. O presidente Alberto, vai deixar de o ser em benefício de um seu dileto discípulo, agora degenerado.
Há pessoas, e presidentes também, que nunca perdoarão a quem se lhe meta no caminho. O presidente Alberto perdeu o lugar, por ver o terreno a fugir-lhe debaixo das botas. E digo botas por já ter ouvido falar delas.
Mas, que ninguém pense que o presidente Alberto se conforma com um qualquer revés. Se perdeu ao berlinde, vai tentar ganhar à malha. Sim, pois a malha tem outra dimensão. E joga-se em pé, não de cócoras.
A Madeira é um jardim, mas o continente trata desse e de todos os jardins do ‘contnente’ e ‘elhas’. Logo, perder uma pequena presidência, é ter de ganhar a presidência maior. Ser o presidente de todos os presidentes.
Portanto, aí vem ele de armas e bagagens, com toda a sua vivacidade e fulgor, disposto a demonstrar que tudo o que fez na Madeira é urgente fazer no país inteiro. Esqueceu-se que, aqui, o presidente não governa.
No entanto, como é um homem muito corajoso e um político muito audaz, vai mostrar que depois, manda ele. É de esperar que consiga o que outros quiseram. Aí vem ele para deitar abaixo o que está. E erguer o país.