Com este?
O moço tem razão. Nem com este nem com nenhum outro. O moço só se entente bem com quem se submeta ao seu estilo errático, à sua curta visão dos acontecimentos, à sua tendência para sucessivas variações.
O moço já tem idade para ser mais consistente no que diz e no que faz, evitando o triste espetáculo de ser considerado uma flauta de beiços. Por vezes até parece que saem umas notas impressionantes de forte agudez.
Assim do tipo de um moço que mistura a toda a hora agudos com graves, sendo que a partitura lhe sai como uma borrada que fere os ouvidos dos mais insensíveis. A sua persistência é um atentado à dura sobrevivência.
Este moço faz-me lembrar aquele governante que diz que com este PS nunca poderia haver consensos. Que maravilha. Já tinha dito o mesmo com outro PS. E diria sempre o mesmo com todos os PS’s no governo.
Mas durante quatro anos não fez mais nada que pedir consensos ao PS. Mas sem nunca lhe passar cartão em nada. Agora já só espera que o PS ‘se ponha ao fresco’, pois perdeu a esperança de que o caos já vinha aí.
É evidente que lá se passaram quatro anos sem o PS. E fizeram o seu trabalhinho. Portanto, isso quer dizer que o PS também pode fazer o seu trabalhinho sem precisar de ajudas que só podiam trazer mais trabalhos.
Mas, por enquanto, quem anda ao fresco é ele e, como diz a sua mais que tudo, pode tirar o ‘cavalinho da chuva’. Estas frescuras, a dele e a dela, serão mais um sinal de que essas cabecinhas estão cheias de belas frases.
Daí que nelas já não caibam ideias. No lugar delas, um amontoado de lugares comuns, para pessoas menos comuns, que veem neles uma demonstração de poder de ataque, quando não de corajosos desafios.
E até estão convictos de que não tardará o dia em que ‘lhe virão pedir batatinhas’. Apesar de dizerem que não têm pressa nenhuma. Bem me parece que escusam mesmo de a ter. Até podem surgir insucessos alheios.
Mas não serão as cabecinhas cheias de frescura e as de cavalinhos à chuva que virão a ser chamadas a repetir os desastrados quatro anos passados. Foi tudo mau de mais. E é imperioso que se comece a arejar o bafio.