Difícil é esquecer
Segundo li na imprensa que relata o que se passou hoje de manhã no Parlamento, Costa terá chamado primeiro-ministro a Passos Coelho. É perfeitamente aceitável e compreensível. É difícil esquecê-lo como tal.
A dupla Passos/Portas vai ficar na memória de muita gente como dois criadores de pobreza e miséria que vai levar muito tempo a esquecer. Só é estranho que quem tanto se arrepiou com eles, queira trazê-los de volta.
Há uma onda de indignação que varre o país e Bruxelas, baseada em dúvidas de toda a espécie. Esta das dúvidas faz-me lembrar os indícios de uma certa justiça. Em lugar de indícios e dúvidas, venham de lá provas.
É que as dúvidas geram receios. E quem tem receios tem medo. Imagine-se, pois, um país pendurado em medos do que pode vir aí, esquecendo completamente o que já veio. Arriscar viver é melhor que aceitar a morte.
Sobretudo quando as dúvidas são levantadas por quem tanto mentiu para que outras instâncias aceitassem essas dúvidas, criassem esses receios, permitindo-se agora meter medo e ameaçar quem só pretende esclarecer.
Começa a verificar-se que Costa não é Passos, e Portas muito menos. Um e o outro estão agora onde de nunca deviam ter saído. Certamente que o país seria outro sem eles. Se um já se foi, o outro já devia ir a caminho.
É óbvio que todas as dúvidas, receios e medos se fundamentam no futuro que já anteveem para as suas vidinhas e para as dos seus eternos protetores que se sentam superiormente instalados, bem acima do poder.
Sem sombra de dúvida que Costa não tem a vida fácil, nem há certezas de que superará as dificultadas. Embora os receios não estejam nele, mas nos seus acompanhantes rumo ao tempo novo. Esta coisa tão aterradora.
Mas o país não está só nesta tentativa de libertação. Portugal, sem Filipes, sempre foi independente. Apesar do ‘libertador’ Portas ter anunciado há tempos a recuperação da nossa independência. Que se viu agora como.
Esse ´libertador’ bem pode orgulhar-se agora do país que ajudou a afundar e do partido que não passa da ‘fezada’ que prometeu, mais uma vez, libertar tudo o que prendeu. Eles são Portugal e os seus ‘valentões’.