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afonsonunes

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Penso muitas vezes que a julgar morreu um burro. Obviamente que não é totalmente verdade pois eu ainda cá estou. Agora, que acho que há coisas muito estranhas, acho sim senhor. Mas já nada me espanta de há uns tempos para cá. Sobretudo porque as coisas estranhas, para mim, claro, estão a acontecer com uma frequência, também ela muito estranha.

A última delas, conheci-a hoje mesmo. Então não é que as condecorações, muito frequentes, deixaram de ser da iniciativa exclusiva do Presidente Marcelo. Segundo li hoje o primeiro-ministro António Costa vai propor a condecoração de Arménio Carlos, ex-presidente da CGTP, pelos serviços prestados a esta central sindical.

Não é que duvide dos méritos do candidato ao agraciamento. O que me surpreende é o altruísmo do governante em relação a quem tanto lhe tentou fazer a vida negra. Isso revela que não o movem rancores ou ódios como acontece com tantos políticos, bem como com outros protagonistas de outras instituições. É caso para vincar essa posição.

A continuar tal magnanimidade pode levá-lo a atos semelhantes num futuro muito próximo. E ocasiões não lhe faltarão a avaliar pelos ódios de estimação que parece estar a criar no círculo dos seus insatisfeitos ‘amigos’ de desejos, que lhe disputam os louros de decisões que muitas polémicas estão a alimentar.

De momento, a principal, parece ser a de Carlos Alexandre, muito bem apelidado de ‘super-juiz´, tal a preponderância que lhe tem sido atribuída em casos super badalados que têm circulado pelos tabloides que tudo parecem comandar. Onde se tem evidenciado o grande problema do segredo de justiça que nem a Joana conseguiu vencer.

Mas Carlos Alexandre deve ter descoberto agora que afinal, António Costa é o grande prevaricador nesta matéria. Talvez se esteja a preparar para, depois de ter prendido um ex-primeiro-ministro, conseguir agora a glória de prender um primeiro-ministro no ativo. Será um troféu de arromba e, sobretudo, sem indícios de rancor, de raiva ou de vingança.

Em contrapartida, e aqui entra o espírito de contradição do atual primeiro-ministro, é de esperar que o juiz Carlos Alexandre venha a ser proposto pelo seu inimigo de estimação, para uma condecoração feita com honras a condizer por Marcelo Rebelo de Souza. A acontecer tal, essa cerimónia deve acontecer quando Costa estiver em Évora.

Já agora, e já que estou aqui, não podia deixar de abordar o assunto do dia: ‘a matança dos velhinhos’ que uma onda de ‘malfeitores’ faz rugir na comunicação social, sempre aberta a tudo o que é ‘forte e feio’. Até parece que já veem no horizonte as hordas de selvagens empunhando espadas ao alto para degolar velhinhos e velhinhas aterrorizados.

Ora, estes inventores e intérpretes de super desgraças sabem que é pelo medo que se submetem os fracos que não têm força nem jeito para pensar pelas suas próprias cabeças, que se consegue levá-los ao pânico, impedindo-os de analisar a verdade dos factos e as condições reais do fim que se pretende atingir sem contrariar nem forçar ninguém.

A eutanásia é um daqueles assuntos que faz ferver almas e queima almas pelo fogo a começar pelos naturais conquistadores de almas. Que julgam os pecadores enquanto pecam por se dedicarem mais à política que à sua missão de conquistar almas. Que aconteceria se os políticos se dedicassem mais às almas penadas que às soluções política para o país.

Com isto não quero julgar nada nem ninguém. Já bem me basta ter de suportar tudo o que eu julgava que podia ser resolvido com um mínimo de coragem e justiça, de forma que o país e os portugueses vivessem bem melhor. No entanto, volto ao princípio. A julgar morreu o burro. E eu ainda estou vivo.

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