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afonsonunes

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25 Jan, 2016

Ecos de Basto

 

As reações de alguns dos principais jornais estrangeiros à eleição de Marcelo, que vi transcritas em Portugal, salientam o conservadorismo do novo presidente agora eleito, em contraste com o governo de esquerda.

Por sua vez, Marcelo disse no seu discurso pós eleição, que ‘o povo é quem mais ordena e foi o povo que me quis’. Além de ter feito referência ao Papa Francisco e à sua insistência na proteção dos mais desprotegidos.

Marcelo tem insistido muito na proteção do Estado Social e combate às desigualdades. Por tudo o que fez e disse, ou Marcelo está a brincar com as palavras, ou não será assim tão conservador como o querem fazer já.

Que é conservador, é. Resta saber em quê. Que ninguém tenha ilusões. Marcelo, não é, nunca foi, muito menos será agora, um pouquinho sequer como Cavaco, Passos ou Portas. Poderá ter sido catavento mas agora…

Há muitos anos que Marcelo trabalhava para chegar ali. Esse trabalho nem sempre foi consequente com o que propõe fazer agora. Mas, agora, ele já é quem sempre quis ser. Tudo o que mais deseja é não ser o ‘seu’ Cavaco.

Mas, Passos nunca foi o seu governante. Portanto, Cavaco, Passos e Portas, bem podem tirar o sentido de que terão uma muleta em Belém, como aquela que Cavaco corporizou. Nunca tinha havido ninguém assim.

E é sem risco de me enganar que digo que nunca mais haverá ninguém que faça ao país o que lhe fizeram essas três sombras negras. Os tempos mudaram. Com Costa ou sem Costa. Quem vier, terá de fazer a mudança.

É evidente que esta direita que temos tido pretende sempre arranjar pretextos e pessoas ‘inimigas’ para se impor ao país. Mas há ondas que vão crescendo e não são as desta direita que vão fazer a limpeza da praia.

Agora, é bem possível que esta direita tenha os dias contados e venha outra. Decente, justa, verdadeira. Marcelo comprometeu-se com o povo. Foi o povo quem lhe deu tudo. Dificilmente será capaz de trair esse povo.

A sua evidente aproximação ao governo de esquerda não surpreende, logo que identificou e abraçou bandeiras que a direita passada sempre detestou. Bandeiras como aquelas que geraram a união que nos governa.

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