Eu é que sei
Vai por aí uma excitação mediática de se lhe tirar o chapéu. Primeiro foi a festa do fenomenal ministro da Cultura, precisamente, por ser quem é. Depois, foi a sensacional demissão do general e as ameaças do Vasco.
Para completar esta série de desastre nacional, eis que o secretário da Juventude e Desporto resolveu mudar de vida por não concordar com o seu ministro. Coisas estranhas que só acontecem com um governo destes.
Como se trata de birras e zangas pessoais, estou absolutamente convencido de que se trata de brigas do tipo de adeptos, melhor, doentes, de equipas de futebol que nunca se vergam às evidências dos resultados.
Parece que, de João Soares, já toda a gente se esqueceu, pois já está outro no seu lugar e os seus inimigos continuam felizes e contentes. Quanto às violentas guerras dos militares, também está tudo resolvido, sem sangue.
O mesmo aconteceu com a discórdia da Juventude e Desporto. É evidente que o ministro da Educação escolheu mal o seu teimoso secretário. E este, ao aceitar o cargo, deve ter pensado que ia tomar decisões como ministro.
Cá para mim, um deve ser benfiquista e o outro portista. O ministro deve ter querido mostrar o seu desportivismo. O secretário deve ter-se convencido que o seu jogo era para ganhar, nem que fosse nos gabinetes.
Só que, todos estes casos, os seus intervenientes e os respetivos adeptos, em maré de gáudio, avaliaram mal as capacidades de Costa em não perder tempo. O apelo do Vasco caiu à nascença e os demissionários foram-se.
E a vida continua, apesar de tudo, agora, com muito maior normalidade e tranquilidade que nos tempos dos agora perfeitos idealistas de regras democráticas que nunca souberam aplicar quando bem o deviam ter feito.
De qualquer modo, já se nota que tudo se vai moderando. Até porque o patriarca das discórdias também já se foi. Quando os discordantes não têm a voz do dono do seu lado, a vida torna-se-lhes muito mais difícil.