Figurões
Por mais que se vão descobrindo grandes responsáveis por fraudes de toda a espécie e relevantes atuações de incompetências que quase paralisaram o país, continuam uns eternos figurões a clamar pela bagunça.
É o caso de uma certa manada de jornalistas que não há meio de encaixarem que as suas opiniões já não são a doutrina do pensamento único e incontestado. Agora, com novas soluções, apenas esperneiem.
Vamos encontrá-los em maior concentração no Expresso e no Sapo. Depois, há outros disseminados por títulos de menor dimensão, embora alguns desses sejam ainda nomes de referência da direita dita radical.
Um desses escravizados servidores do anterior governo afirmou que o atual ministro da educação é um ajudante do Mário Nogueira. Vá lá que ajudante é um pouco mais suave que ser escravo do passadista Passos.
Passos acaba de acusar o atual Governo de estar ligado a interesses particulares. Essa tem sido uma atitude permanente, a de fazer acusações sobre os seus próprios pecados. Já nada se estranha deste Passos mente.
É outro escravo do dever de subserviência aos interesses que lhe foram sendo impostos, quer eles se referissem a pressões internas ou externas como o provam as revelações que vão chegando ao nosso conhecimento.
Outro figurão, este um figurão em tamanho reduzido, apenas e só, porque é realmente baixo, exibe as suas descobertas de valeta numa televisão onde tudo sabe e cheira a laranja. Apenas um pouco mais que nas outras.
Como não podia deixar de ser, também abundam figurões no futebol. Basta ouvir-lhes os dislates diários que são o prato forte dos noticiários e programações de todos os meios de comunicação. São as boas polémicas.
E, já agora, o conluio entre um grande figurão e um grupo de pequenos figurões que se lembraram de meter pressões com a desculpa de que o governo está a praticá-las. Um grande que não sabe defender-se a sós.
Ou então, um grupelho que não prescinde de meter o bedelho aonde não foi chamado. Há também a hipótese de haver uma vontade comum de pressionar o governo para não se meter com as vacas sagradas de ontem.