O diabo anda à solta
Para quem prometeu a vinda do diabo, esse diabo é agora o governo de António Costa. Portanto, o diabo não estava para vir, como fora prometido, mas já cá estava, desde o dia em que foi empossado pelo Presidente da República.
O diabo esteve à vista em várias ocasiões, entre elas, a elaboração de orçamentos de estado ou divergências, visíveis ou invisíveis, dentro da geringonça. Também, em declarações mais ou menos catastróficas de altos responsáveis da UE.
O diabo também esteve à vista quando já se previa um novo resgate e o regresso do país aos piores tempos da crise, para esses visionários do diabo, muito semelhante ao pior do que se vira na Grécia. Tudo descrito ao pormenor por bons especialistas.
Tudo diariamente vasculhado e rebuscado por noticiários que de há muito tempo não têm jornalistas, ou se os têm, são daqueles que só têm o nome, pois vão beber às fontes da mixórdia de investigações de compra e venda de sensacionalismos.
É realmente de pensar que o diabo tem andado à solta por entre acontecimentos que estamos longe de conhecer em pormenor. Mas os ansiosos pela vinda do diabo querem demissões, respostas a perguntas sobre o que ainda nem sequer está averiguado.
Obviamente que os ansiosos pela vinda do diabo, querem apenas e só, que lhes sejam dadas as respostas que lhes interessam e pelas quais anseiam. Tanto assim que propuseram uma comissão independente, mas não sabem esperar pelo seu trabalho.
Para mais, que começam a aparecer vários diabos metidos nestas andanças trágicas. A direita já escolheu o alvo do seu diabo. o governo, claro. A esquerda começa a vislumbrar um diabo escondido, que bem pode ser uma surpresa total.
O Presidente da República quer que se investigue tudo, doa a quem doer. Parece um lugar comum nesta altura, mas pode não ser. Investigar tudo, pode não ser investigar apenas um diabo, mas todos os diabos que andam à solta.
É fundamental descobrir quem fez e o quê, bem como quem mandou fazer, a todos os níveis. É que muitas vezes não é só o poder a mandar. O diabo, ou os diabos, têm muito poder, sobretudo para destruir. E o que temos visto e ouvido justifica a desconfiança.
De dentro das Forças Armadas sai já, com alguma insistência, por intermédio de vozes dentro do contexto, a possibilidade de haver muitas hipóteses entre as quais se pode enquadrar a presença de alguns dos mais ansiosos pela vinda do diabo.
Como disse o Presidente da República, que tudo e todos sejam averiguados, doa a qum doer. Mas que tudo e todos sejam alvo da mesma investigação , em termos de igualdade de tratamento. Até haver resultados, que não haja diabos bons e diabos maus.