PROPAGANDISTAS PLENIPOTENCIÁRIOS
Nesta altura do campeonato, o governo já é, todo ele, uma central de propaganda. Mas isso não lhe chega, pois dizem que o governo é curto. Faz pois todo o sentido que tenha arranjado reforços de peso.
Daí que já faça lembrar aquelas equipas de futebol que jogam com catorze contra onze. Com a felicidade de contarem na sua equipa de propaganda, com árbitros e dirigentes de outros campeonatos.
De entre eles, destaca-se o árbitro Aníbal que, apesar de toda a sua seriedade e imparcialidade na distribuição dos penaltis, arranja sempre maneira de compensar a sua equipa com uns livres diretos.
Depois, há a propaganda fora do campo, pois o árbitro tem uma influência fatal nos recados aos adversários e nos elogios à sua equipa. É óbvio que isso tem muito a ver com a psicose de vitória.
A melhor aquisição para propaganda externa e interna foi a do chefe dos comissários Durão. Até parece que já deixou os comissários à vontade para seguir a sua própria vontade. Propaganda limpa.
Até já está a receber a mesma recompensa que os seus protegidos quando saem à rua em missões de propaganda. Por cá é tudo normal. Com assobiadelas ou cortes de palavra. Mas em Berlim…
Bem me parece que a chanceler já não entra nisso. Terá passado a missão propagandística aos seus súbditos da comissão. Talvez por já ter sido avisada por Passos, que já sabe governar (se) sozinho.