Venha o diabo e escolha
Falta muito pouco tempo para o país ficar a saber quem vai ser o próximo PM de Portugal ou o próximo futuro vice PM às ordens do ainda chefe do governo do PS.
Obviamente que estou a pensar em Paulo Rangel que se sente preparadíssimo para o desejado cargo, sobretudo porque vem de deputado do Parlamento Europeu que ele considera uma ótima escola preparatória de sabedoria e conhecimentos políticos internacionais.
Estou a pensar em Rui Rio que tem a seu favor, segundo o próprio, uma já longa experiência adquirida como presidente da Câmara do Porto e agora como presidente do PSD, maior partido da oposição ao atual PM António Costa.
António Costa, que ambos entendem ser o fulcro das suas ambições e dos seus trunfos eleitorais, mesmo numa campanha em que está em causa a importante chefia do PSD. Rio diz que Rangel não está preparado para derrotar o atual PM. Rangel diz que Rio anseia apenas ser muleta de Costa, como seu vice.
Cá para mim, Rangel, como já ouvi dizer, se for eleito, será o presidente do PSD mais fraco de sempre. E o seu sonho de maioria absoluta só faz sentido se eventualmente aceitar ser vice de André Ventura. Já Rio fala muito em servir Portugal, com ou sem o PS, mas isso é um sonho logo desfeito sabendo-se que este PSD está mais virado para cair nos braços do Chega que colaborar com o PS, seja lá no que for.
Aliás, se atentarmos no que tem acontecido a quem se tem radicalizado à direita, a tendência é para cair na zona de pequenos partidos, com pouca ou nenhuma influência nas escolhas do eleitorado para a governação do país.
Porém, se Rio continuar como presidente do PSD, terá oportunidade de se libertar dos seus mais exaltados críticos, ao mesmo tempo que possa dar asas ao seu desejo de construir um partido mais próximo da tal social-democracia que o PSD desprezou há muitos anos.
Só assim, e pelos vistos só Rio o pode fazer, competindo com o PS de igual para igual, até que consiga convencer o eleitorado de que tem ideias, e tem algumas mesmo agora, para disputar o poder sem as amarras de balbúrdias conjunturais que acabarão sempre por sacrificar o país a exigências irrealizáveis ou demasiado pesadas para o seu desenvolvimento.