VIAGEM AO RATO
A política portuguesa entrou numa de tranquilidade tal, que até parece que a maioria dos portugueses já se rendeu às vibrantes ideias de Seguro. Sobretudo, depois que Costa começou a repeti-lo.
Que não venha a direita dizer que o governo já conquistou o silêncio da maioria dos portugueses. Ou que toda esta tranquilidade que se respira neste momento, se deve à antecipação das tréguas de agosto.
Nada disso. Seguro prometeu no último congresso que iria ter maioria absoluta e vai ter mesmo. Daí que Costa devia estar calado, pois se Seguro já teve 32%, Costa ainda não passou dos 0%. Óbvio.
É assim que se pensa no Rato. E é assim que os portugueses já veem o próximo novo primeiro-ministro de Portugal, António José Seguro a destronar Pedro Passos Coelho. Em nomes, empate a três. Que fino.
Mas o António vence claramente o Pedro depois de ter derrotado estrondosamente o outro António. Um Pedro no meio de dois Antónios não tinha como ganhar. Seguro é forte entre dois fracos.
Costa vai ter de desistir da sua campanha por falta de assunto. Seguro já disse tudo o que Costa queria dizer. E já provou que vai fazer tudo o que não prometeu. Costa não iria à ratoeira como ele.
No entanto, Seguro é extremamente generoso e amigo dos seus melhores adversários. Daí que, sem prometer nada, já esteja a pensar em Costa para lhe ir lembrando o que ambos fariam no Rato.
É por esta e por outras que o país está tranquilo. O governo não governa, o que é bom. Marques Mendes e Marcelo vão dizendo o que se faz e o que fica por fazer. E já ninguém desmente Sócrates.
Eu diria que é uma pena se um dia esta tranquilidade tem um fim. Sim, tudo indica que no dia em que Seguro lá chegue, o povo vem à rua fazer uma festa de arromba. Com Pedro, Mendes e Marcelo.